sábado, 21 de junho de 2008

Heathcliff, it's me, I'm Cathy, I've come home I'm so cold, let me in in-a-your-window

                    wuthering heights 

Comecei a ler o livro O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights) de Emily Brontë, que conta a história de um triângulo amoroso entre Heathcliff, Catherine e Edgard e se passa na Inglaterra medieval, atualmente é um clássico da literatura inglesa, mas sofreu duras críticas ao ser publicado, foi também o único romance publicado pela escritora.

Adimito que só peguei o livro por causa da música da Kate Bush, chamada Wuthering Heights que associei ao nome do livro e só depois fui descobrir que realmente a música era baseada no livro.

Há interpretações freudianas do livro, aonde Catherine seria o ego, Heathcliff, o id, e Edgar, o superego. Heathcliff (id) exterioriza impulsos primitivos; o id não é afetado pelo tempo, o qual parece não existir. Catherine (ego) relaciona-se com outras pessoas, testa o id contra a realidade. Edgar (superego) representa as regras do bom comportamento e da moral.

Catherine rejeita Heathcliff por uma avaliação realista que ela faz de seu possível futuro com ele e das vantagens de um futuro com Edgar. Ela opta pela segurança do superego em detrimento da obscuridade do id. Mas para uma pessoa ser completa, ela necessita não só de seu ego e superego, mas também do id. Então ela espera que Edgar aceite Heathcliff em suas vidas, o que levaria à integração de sua personalidade. Quando seus planos não funcionam, ela perde a esperança em que seu desejo se torne realidade; sua personalidade fica fragmentada. Ela morre.

A filha de Catherine, Catherine Linton, seria uma continuação da primeira, isto é, mãe e filha representam o desenvolvimento de uma personalidade. Sua filha consegue o que ela não conseguiu: unir id, ego e superego, através de seus dois casamentos.

Um comentário:

Soma disse...

Nossa, adorei a interpretação freudiana do livro!

Até deu vontade de ler! ^^

Foi você que fez? ^^