segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Insanidade da Alma: O Apego

apego 

Nem sempre as escolhas que fazemos para nossas vidas são benéficas, mas costumamos repeti-las. A mesmice de sinapses feitas durante a vida impossibilita que se enxergue outros meios de compreender os fatos, assim tendemos a dar as mesmas respostas para os mesmos estímulos, o que nem sempre garante as melhores soluções.

O apego é tudo que nos impede de mudar e seguir adiante, depois de termos aquilo como algo certo e seguro nos apegamos de tal modo que cria-se uma ansiedade e um medo subíto com a possibilidade de ter que mudar a idéia que originalmente nos apegamos.

Muitas vezes temos consciência de que não estamos tomando as melhores decisões, porém não consiguimos quebrar o ciclo vicioso que se instala. Os vícios são a nossa proteção, é o que pensamos que somos e não podemos nos desfazer deles, pois sem eles não saberiamos como ser.

Imagino que há muitas pessoas em uma situação que as faça sofrer e que uma simples atitude poderia mudar tudo, e acredito também que essas pessoas não sejam masoquistas, elas não querem sofrer (pelo menos não conscientemente), mas simplesmente não encontram forças e meios de tomar novas atitudes.

É como se fossemos dependentes do monstro que nos aprisiona, poderíamos fugir dele ou destruí-lo a hora que quiséssemos e ao mesmo tempo não poderíamos fazer isso pelo medo que se dá num sistema de dependência. Culpamos tudo, colocamos mil identidades no monstro que está nos ferindo, mas se parássemos e olhassemos ele atentamente, ao invés de se debater descontroladamente, veríamos que a face do monstro corresponde à nossa própria.

Estamos ensinados a ser conformistas e seguir do jeito que está. Talvez se começássemos a ver as coisas de jeitos diferentes, começando pelas pequenas coisas, poderíamos nos livrar do monstro e respirar lividamente.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Discorde de Mim

 opostos

O fato de termos idéias diferentes é o que nos caracteriza enquanto seres humanos únicos e é o que faz o mundo avançar, pois somente com a oposição de idéias que se chega a novas soluções. Mas todos tem incutido que as pessoas que tem idéias diferentes das delas tem algo contra elas também, é como se todos quisessem que o mundo fosse igual em que todos pensassem igual, mas isso não seria bom, seria?

Tenho muitas idéias divergentes do sistema posto e estipulado, o que me deixa furioso é o fato de ser um sistema fechado que não aceita novas idéias, está amplamente aceito por todos que parecem não ter consciência real da sociedade em que vivem de que o certo é aquilo que sempre foi certo e não há outro meio de se ser.

Bom, voltando um pouco ao esquema antigo, vou contar o que fiz alguns dias aleatoriamente. Ontem fiz o ENADE de psicologia, a prova era muito extensa e eu tenho um certo problema de ficar parado em um lugar fazendo uma mesma coisa por muito tempo, o que implicou no fato de que ao chegar na vigésima segunda questão (todas com textos extensos de descrição) eu não aguentei mais e não usei meu poder de julgamento, concentração e o caralho a 4 para fazer a prova, deixando uma questão descritiva sem fazer. Mas sério pessoal, não façam isso nas provas, se forem faze algo façam bem feito (façam o que eu digo, não o que eu faço).

E não tenho tempo para mais nada, trabalhando e com a faculdade ignorando regras de espaço e tempo e pedindo milhões d etrabalho pra ontem eu acabo perdendo uma vida socal que eu nunca tive.

Quero postar um vídeo que eu gosto muito, me identifico muito e quero saber o que vocês sentem ao assistí-lo.

 

(Agite!)

Eu nunca amei ninguém completamente

Sempre foi com um pé no chão

E por proteger de verdade meu coração

Eu me perdi

Nesses sons

 

Eu ouço na minha mente

Todas essas vozes

Eu ouço na minha mente todas essas palavras

Eu ouço na minha mente toda essa música

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

Isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

 

E suponha que nunca nem te conhecesse

Suponha que nunca nos apaixonássemos

Suponha que eu nunca deixasse você

Me beijar de um jeito tão doce

E tão suave

 

Suponha que eu nunca visse você

Suponha que nunca nos ligássemos

Suponha eu continuasse cantando canções de amor

Só para evitar

Minha própria queda

Só para evitar minha própria queda

Só para evitar minha própria queda

Só para evitar minha própria queda

Evitar minha queda

Evitar minha queda

 

Todos os meus amigos dizem

Que é claro que isso vai melhorar

Vai melhorar

Vai melhorar

Melhor, melhor, melhor, melhor

Melhor, melhor, melhor

 

Eu nunca amei ninguém completamente

Sempre foi com um pé no chão

E por proteger de verdade meu coração

Eu me perdi

Nesses sons

 

Eu ouço na minha mente

Todas essas vozes

Eu ouço na minha mente

Todas essas palavras

Eu ouço na minha mente

Toda essa música

E isso parte meu coração

Isso parte meu coração

Eu ouço na minha mente

Todas essas vozes

Eu ouço na minha mente

Todas essas palavras

Eu ouço na minha mente

Toda essa música

Parte meu

Coração

Isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

Isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

E isso parte meu coração

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Julgamento, A Primeira Queda Humana

justica

Eu classificaria como sendo o primeiro ato falho que originou toda a ruína da raça humana o poder se julgar seus semelhantes. Se for analisada por uma ótica simplista o ato de julgar alguém baseado na sua própria subjetividade é algo totalmente irracional, como se poderia querer construir um mundo onde todos são iguais?

Mas creio eu que ninguém escapa de sentir o gosto de julgar o outro, como quando vemos um noticiário sobre bandidos que foram presos ou mortos, sentimos que eles realmente mereceram aquilo, que nós somos pessoas boas e eles são maus, nasceram maus e portanto merecem o castigo devido.

O sistema penitenciário mundial é uma tola desculpa para se poder liberar a agressividade humana de uma maneira aceitável, pode-se agir como animais e julgar e condenar outras pessoas, sem nem ao menos se saber o que as levou a cometer tal ato e as punem de tal modo agressivo que é claro que o objetivo não é ajustar ou recuperar o indivíduo e sim fazê-lo sofrer apenas.

Isso é visto diariamente em escala menor na sociedade, como em escolas onde existem crianças e adolescentes sendo vítimas de bulling por não corresponderem as expectativas do meio, no trabalho onde existe uma hierarquia em que você deve ter consciência da sua inferioridade ou superioridade em relação a outras pessoas e que todos parecem querer destruir aqueles que ameaçam a sua chance de promoção ou prestígio ao invés de se colaborar para um crescimento conjunto.

Consigo ter apenas uma vaga idéia de como surgiu esse poder de julgamento que ao ser experienciado pelo homem criou instituiçõe de pessoas que usaram da retórica sua arma para condenar o diferente e incutir a idéia de uma falsa utopia onde todos devem pensar e agir igualmente sendo punidos agressivamente aqueles que não correspondem a isso. Mas mesmo se tendo a idéia da origem disso não há nada que possa ser feito agora, o homem será a ruina dele mesmo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Sempre Aqui

 infinito

Há ciclos, tudo se repete dentro deles e eles estão ligados a nós. Nós criamos esses ciclos, é o que alguns chamam de hábito, eles nos levam a fazer as mesmas escolhas e a ter os mesmos resultados. É isso que realmente queremos? Pois é o que criamos.

Sempre decidimos realizar garndes transformações em nossas vidas que sentimos que nunca ocorrerão, dar um passo a frente pode ser cansativo demais não superando a motivação do objetivo em si.

Não se trata só de fazer e sim de pensar, sempre pensamos da mesma forma e é por isso que nunca saimos do mesmo lugar. Mudar a forma de pensar é muito difícil e quase impossível para quem não se dá conta de que sempre faz as mesmas escolhas.

Encarar as coisas de uma outra forma pode ser muito saudável, fazer escolhas diferentes perante situações rotineiras também. Tudo muda a todo o instante na Terra para que tenhamos a chance de tomar outro caminho, só nos falta virar e começar a andar para outros lados que até então o nosso caminho retilineo não nos permitia enxergar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Diamond Dust

diamond

Nossas vidas são como pequenos cristais de diamante, são reluzentes conforme a intensidade dos nossos desejos e emoções, são duras e firmes conforme o nosso egocentrismo e o antropocentrismo nos faz acreditar e são delicadas ao passo que pequenas coisas mudam tudo que um dia já foi.

Apesar das formas variadas, todas em sua essência são muito iguais por se ter sempre um mesmo objetivo subjacente chamado felicidade. A felicidade é o alvo dessa rajada de diamantes, se passa através dela muitas vezes, mas nunca se está nela sempre.

So Damn Protected

protected

Vamos colocar agora a culpa naqueles que são os responsáveis por sermos da maneira que somos hoje. A maioria dos pais agem da forma que eles acreditam que trará o melhor benefício para os seus filhos, mas sempre com o desejo egoísta de auto-realização. Seja pra que os filhos sejam o que eles não foram, ou pra que tenham o que eles não tiveram ou ainda para que dê algum retorno para eles no futuro.

E nós, seres indefesos, vemos eles como os nosso heróis e paladinos da justiça quando crianças. Os pais sempre sabem de tudo e são as pessoas mais boas do mundo. Esse pensamento que temos durante a infância mais o fato de acharmos que devemos algo a eles “por tudo o que eles nos fizeram” nos faz continuar agindo como eles querem durante boa parte da nossa vida, pois a decepção ou desaprovação deles seria algo terrível.

Aprendemos depois de uma certa idade que os nossos pais erram também, são pessoas como outra qualquer, mas o sentimento de dívida nos faz continuar acorrentados as vontades deles.

Eu sempre fui superprotegido pelos meus pais, isso era bom, mas sempre trazia prejuízos. Fiquei emocionalmente dependente e infantil em certos aspectos, aprendi a querer que tudo saia do meu jeito e não compreendo pontos de vista diferentes do meu, tenho dificuldade de me relacionar com outras pessoas. Por sempre viver no meu mundinho eu não consigo deixar que se aproximem muito, afasto todos os que tentam.

Mas aprendi a ter uma certa auto-suficiência mental benéfica, não me diexo influênciar facilmente por idéias alheias, não sinto carência de nenhuma pessoa em específico, é muito difícil me afetar emocionalmente. Não sou macificado e não tenho as mesmas necessidades impostas pelo nosso sistema, seja nos padrões de beleza, de consumo, de ser, etc. Isso por sempre viver no meu mundinho superprotegido criado pelos meus pais, criaram alguém segregado da realidade.

I’ll Be Anticipating

stop here

As consequências de ser segregado foi um forçado isolamento duarnte a infância, não tive muitos amigos. As crianças desde pequenas são educadas a excluir aquilo que é diferente, são treinadas a seguirem modelos aprovados pela sociedade.

Talvez essa possa ser a fase mais cruel para algumas pessoas que não conseguiam se encaixar ao passo que foi uma fase maravilhosa para aqueles que estavam aptos a ser fazer parte do todo. Questões como falta de coordenação e ser gordinho podem fazer você ser alvo de piadas, piadas que não tem graça nenhuma para quem houve e que as crianças que as fazem também não tem culpa. O sistema ensina a ridicularizar o que foge dos seus padrões para que esses mudem ou sejam extintos.

Eu mudei, em parte, mas não foi algo voluntário, foi mera mudança biológica. Eu sempre fui uma criança gordinha, mas ao passo que fui crescendo fui mudando e as pessoas passaram a me tratar diferente. Mas aí já era tarde demais, tamanho o trauma de não conseguir se encaixar eu mesmo já antecipava qualquer possibilidade de desaprovação e me isolava espontaneamente.

Hoje além de já não deixar as pessoas se aproximarem muito, também extingo qualquer possibilidade de mínima aproximação daqueles que me parecem iguais aos que eram responsáveis por me fazer sentir diferente.

Oh My Love

love_game

Com as mudanças físicas vieram também pessoas interessadas em algo além de amizade, mas é claro que eu não tinha base emocional para aquilo. O amor na nossa sociedade está basicamente ligado a imagem, podemos então pensar no amor como uma ilusão de ótica. Existem os modelos perfeitos de pessoa que você precisa “ter” para ser feliz, os modelos incluem uma pequena e quase sem importância descrição de personalidade, o que mais importa ao modelo é a aparência.

Eu não escolhia as pessoas com quem eu iria namorar pela aparência, eu sabia distinguir o impulso sexual das minhas reais necessidades emocionais, mas é aqui que eu caio em uma armadilha, relacionamentos não devem servir para suprir algo de uma pessoa, é sempre mais que isso. Mas como eu não possuia minha parte emocional bem desenvolvida eu acabava entrando em relacionamento apenas para usar as pessoas, não sei se isso me justifica, mas eu fazia com a maior inocência que uma pessoa que não entendia bem os contratos sociais poderia fazer.

Bom, eu sabia separar impulso sexual de necessidade emocional, mas mesmo assim eu nunca namorei pessoas feias, isso é algo que não podemos escapar e se houver alguém que diz valorizar somente o interior, eu consideraria ela alguém extramemente hipócrita e frustrada.

Mas sobre amar, acho que já amei uma vez, apenas uma pessoa. Essa pessoa é de muito longe… Não vou me demorar descrevendo ele, já que boa parte desse blog já foi dedicado a ele, o fato é que eu ainda não sou maduro emocionalmente e não pude ser responsivo ao amor que recebi, pagarei o preço por isso.

So Deep In The Darkness

Darkness

E onde estamos agora? Em meio a um turbilhão de dúvidas que nos fazem seguir e nos forçam a experimentar coisas, aprimoramos nosso conhecimento empírico dia após dia. Um segredo de ser segregado: você sempre está sozinho no escuro.

Por mais que você tente se encaixar e aceitar os outros, você sente uma barreira que não permite que você apenas entre na dança e seja aquele “mais um na multidão”. Ser mais um ou ser o único, a grande diferença é que as preocupações e sofrimentos dos primeiros são tão fúteis quanto suas vidas possam ser.

É necessário pro ser humano a empatia, poder se identificar e se colocar no lugar do outro faz com que sintamos que estamos nuam mesma sintonia e que podemos seguir juntos, estar junto é sempre melhor do que estar sozinho, sempre foi assim.

Para mim é difícil sentir essa identificação, meu egocentrismo parte disso, não consigo fazer parte do mundo simples de todos. Meu mundo é muito engenhoso e segue labirintos de idéias que se contradizem o tempo todo.

É na escuridão então que dormimos e é quando dormimos que sonhamos. Os sonhos são a libertação da alma, e os meus sonhos são os mais doces e lindos possíveis, mas sinto que não passam de ilusões, muito frágeis por sinal.

Starlight Extinction

starlight

E qual seria o objetivo disso tudo afinal? Por mais que as nossas vidas mudem, os objetivos sempre parecem os mesmos, sempre parecemos querer a mesma coisa, mesmo que não seja a mesma. Tudo que foi dito aqui é apenas um recorte de várias subjetividades que existem dentro de mim. Eu sinceramente não seria a melhor pessoa pra traduzir a essência humana.

Mesmo com o objetivo de atingir a felicidade, a nossa rajada de diamantes um dia perde o brilho e se dissolve no espaço, é deixado para trás tudo o que nunca foi realmente importante, mas que diziamos não poder viver sem.

"As flores brotam, e depois murcham.
As estrelas brilham, mas um dia se apagam.
Esta Terra, o Sol, as galáxias, e até mesmo
o grande Universo, algum dia se destruirão.
Comparado a isso, a vida de um
homem não é mais do que um instante.
E nesse breve intervalo de tempo, as pessoas
nascem, experimentam o amor e o ódio,...
riem e choram, lutam e sofrem
se alegram e se entristecem.
Tudo em um breve intervalo de tempo.
E depois, são abraçados por
esse sono eterno chamado morte."

Chikyuugi

Uma canção é mais
agradável do que lágrimas
Leve aquele calor,
ao invés da tristeza

O mundo
Acho que não será
mudado tão facilmente

Silenciosamente
derreteu a escuridão

Ande e continue andando,
que irá se tornar realidade

Mesmo que seja lento,
posso chegar mais próximo
De um pedaço do meu sonho
com a pessoa a quem amo

A forma do amor que eu sonhei,
Que procurei por tanto tempo,
encontrei em você
Talvez há algo que possa fazer

Mas talvez eu não amei você
Mas mesmo assim,
quero estar com você

Leve aquele calor,
ao invés da tristeza

Giros e giros...
A Terra muda
Na hora do fim do mundo
Para mandar amor e felicidade
e meus sonhos...

domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre Eu Pertencer a 11ª Casa

aquarius

Eu não posso afirmar que pesquisas astrológicas estejam corretas ou não, mas particularmente sempre me interessei sobre o assunto. A questão de signos leva muitas pessoas a um dualismo idelogico entre religião e ciência contra o misticismo (como se religião não pertencesse ao plano místico). Eu nasci no dia 26 de janeiro e portanto sou do signo de áquario, estava navegando pela net e achei horócopo gay e fui ler a descrição do meu. Realmente eu me identifiquei muito com o que está escrito, será mera conicidência?

Segue a minha descrição aqui e o link do site, podem se basear nisso para me entender:

“Talvez de todos signos do zodíaco, esse é o que tem menos problemas para se assumir , um dos fatores é sua facilidade para se desprender de dogmas, de regras feitas, questionam tudo na sua vida, e não suportam seguir um padrão habitual. Sua opinião é sempre do contra, não gostam de ser comuns, e necessitam da liberdade assim como ar que respiram. Inteligentes, se dão bem em áreas profissionais incomuns, como astrologia, ecologia, direitos humanos, e também em áreas inovadoras como computação, novas tecnologias. Seu pensamento é o dia de amanhã, esquecem o passado com facilidade e nem gostam de falar sobre ele. Gostam das mudanças, e não suportam a rotina. Também são bastante seguros para terminar um relacionamento quando observam que a situação se complica. São individualistas, e não se envolvem emocionalmente, para eles o amor inicia com uma boa amizade. Querem chocar, fazer as pessoas pensarem , e sair do fator ilusão. São loucos com os pés no chão.Sempre estão envolvidos em algum projeto idealista, lutando pelas causas de uma comunidade, direitos comuns. São intelectuais, buscam o conhecimento. um revolucionário, rebelde, excêntricos, admiráveis, atraem um grande número de adeptos para realizar seus sonhos mirabolantes. Para muitos são visto como malucos, mas na verdade sua mente está muito além da maioria das pessoas, por isso se sente um extraterrestre no mundo. Gosta do moderno, futurista. Vestem-se de maneira bastante original, não se ligam em moda, nem combinações, são muito autênticos, e quando você encontrar um empresário de terno e sandálias de borracha, pode ter certeza que está diante de um aquariano”

http://blogs.abril.com.br/astrologia/2008/11/astrologia-para-gays.html

domingo, 4 de outubro de 2009

Für Elise

elise

Estamos em meio a um grande baile de máscaras, o objetivo é descobrir quem realmente são as pessoas que se escondem por baixo das máscaras. Olhares vazios são trocados constantemente, quando há um desses que nos interessa, nos aproximamos e pedimos que dancem conosco a próxima música, até que a música acaba e os pares são trocados.

Existem vários salões na casa em que ocorre esse baile, mas todos querem estar apenas em um e é justamente aquele em que poucos podem dançar, porém o que dá ritmo a música é a esperança da mobilidade ascendente. O que separa esses salões são paredes de vidro, onde os que estão nos dito salões baixos possam admirar e almejar os que estão no salão alto.

Há pessoas que não estão mais no baile, mas constantemente são lembradas entre uma dança e outra, às vezes a lembrança dessas pessoas é tão importante que modifica toda a ordem dos salões. Quem realmente conheceu essas pessoas e pôde entendê-las não está em nenhum dos salões, essas pessoas riem enquanto conversam e observam de um camorote tudo o que ocorre.

Todas essas estruturas são muito importantes, cada salão, cada pessoa, cada música são fundamentais para que a festa continue. Porém nada ali poderia ser mais importante que Elisa, ela raramente dança, se econtra a maior parte do tempo sentada em um poltrona que pode ser vista de todos os salões, mas que não está em nenhum deles.

Elisa passa desapercebida por muitos que estão na festa, mas nenhuma das pessoas que estão no camarote deixa de olhá-la. Ela tem um olhar generoso, que exprime toda a sua compaixão, e um sorriso extremamente triste. É muito bonita com seus cabelos cacheados presos no alto da cabeça e com um vestido enorme e bufante que parece ter vida própria.

Há vezes em que Elisa passeia pelos salões, ela é a única que possui permissão para ir e vir livremente. Mesmo quando está no salão, poucos a notam. Desde que eu a vi e lhe retribui seu triste sorriso, percebi que tudo e todos naquele baile apenas dançam para Elisa, sem ao menos saber disso.

domingo, 27 de setembro de 2009

Sobre o Seu Grande Amor

rpupa-de-baixo

Mais um texto meu sobre o tema, talvez, e somente talvez, o motivo pelo qual eu fale tanto sobre as questões afetivas entre as pessoas seja o fato de que a questão afetiva é algo mal desenvolvido em mim. As pessoas ficam tristes quando não são correspondidas pelos objetos do seu desejo, isso todos sabem, mas qual é a real necessidade que faz com que se fique triste por não se ter (tendo aqui “ter” o sentido mais possessivo possível) a pessoa na qual você deposita as esperanças de que irá melhorar a sua vida e suprir a sua carência?

Vamos pensar sobre a pessoa que você hipoteticamente ama, ela é alguém potencialmente exatatamente igual a você, qual mecanismo então faz com que “estar” com aquela pessoa seja melhor do que estar com você mesmo? São tantas as necessidades artificiais que foram impostas a nós durante o desenvolvimento das sociedades que nós já não refletimos se toda a angústia que é sentida tem real fundamento. Todos os seres imersos nesse sistema de necessidades artificias procuram um par, o que tem que ser analisado aqui é que a necessidade de se ter alguém vem da mesma fonte de precisar usar tal marca de roupa pra ser reconhecido, de se ter tal atitudes pra ser aprovado, de se sofrer pelo que se quer….

Esse último é algo bem difundido na cultura ocidental, a glória só se é alcançada através da dor, mas será que é assim mesmo que funciona? Tudo no sistema em que nós vivemos aponta a isso: começa-se de baixo para atingir o topo, aplicando isso na questão afetiva nós partimos do fato de que precisamos de alguém e de que nunca poderemos atingir a completa felicidade sem alguém para compartilhar a vida para então ir a procura da pessoa que possa suprir todas as nossas necessidades. Isso não funciona na prática.

Ninguém irá suprir todas as necessidades de alguém, pois além de ser uma pessoa potencialmente igual ao seu par, ela também terá as suas próprias necessidades. Deve-se repensar essa necessidade de ter alguém, há de se analisar a fundo os motivos que te movem a buscar outra pessoa, talvez seja algo muito diferente do que você mesmo acredita.

Após toda uma reflexão sobre o tema e tendo consciência de que o ser humano é biologicamente um ser sociável, deve o encontro de duas pessoas se tornar um relacionamento pelo desejo de se estar junto e não pela necessidade.

sábado, 19 de setembro de 2009

Algo Sobre Conhecer

Conhecer

O que seria conhecer? Temos um habito de dizer que conhecemos as pessoas, mas se forem nos perguntar o que sabemos de uma dessas pessoas talvez só saberiamos responder o primeiro nome dela. Sempre queremos saber o máximo de algo que nos interessa, mesmo que esse interesse seja movido pelo motivo mais fútil possível, diriam que é nato ao ser humano a busca pelo conhecimento. Às vezes o conhecimento que adquirimos é totalmente inútil a nossa vida prática, mas gostamos de tê-lo como se pudesse ser usado de suporte em determinadas situações. Mas muito do conhecimento que temos é parcial, principalmente o conhecimento que temos sobre o outro, e completamos o que falta com as nossas próprias idealizações e concepções internas.

A empatia se dá através do conhecimento de uma pessoa, não há como julgarmos as necessidades e vontades de alguém sem realmente saber o que é ser esse alguém. Porém, às vezes, nem as nossas próprias necessidades e vontades nós conhecemos, não paramos para nos auto-analisarmos e vermos quem realmente somos e acaba que em face a tantas coisas que passam sem conhecermos, acabamos nós mesmos fazendo parte delas.

A causa de tudo isso é a pressa e a ansiedade que nos é imposta, onde tudo tem que ser prático e funcional, perdemos assim a calma necessária para poder conhecer o outro sem já formular as possíveis utilidades daquela pessoa em nossas vidas. Ao invés de julgarmos antecipadamente, devemos ter a cautela e a paciência de entender o que cada um tem a dizer e aí então partimos para uma análise nossa.

domingo, 13 de setembro de 2009

Eu Vou Te Destruir

shiva

A destruição é a chave para a mudança, temos que apagar conceitos antigos para criar novos. Mas aqui também podemos trazer a idéia da negação da negação, ou seja, você era algo, não é mais, mas não pode negar que foi mesmo que não mais o seja. Há uma idéia subjacente de que destruição está vinculado a algo ruim, isso porque é incentivado ha milênios nas sociedades antigas até hoje a destruição agressiva, movida pela pulsão de Thanatos, onde se destrói o que é do outro apenas como resultado de conflitos, mas a destruição pode ser o resultado de reflexão e é dessa que eu vou falar.

Temos milhares de conceitos impregnados em nós, é a nossa couraça que usamos para sobreviver em um mundo onde tudo e todos representam perigo. Não nos abrimos com medo do que o outro irá pensar de nós e o outro faz exatamente o mesmo, nos reprimimos então, essa cultura de repressão das sensações é a causa de tantos problemas e tantas doenças mentais.

Não percebemos que quanto mais nos protegemos mais incentivamos que os outros se afastem e se protejam de nós, esse é um ciclo vicioso em que criamos muros ideológicos, muros com canhões que atacam outras ideologias. Ainda não se é possível aceitar que existe idéias contrárias e apenas se conviver com isso, atacamos os diferentes e ninguém, absolutamente ninguém, está livre disso, por mais vitimizada que essa pessoa se sinta pela sociedade, mesmo que ela sofra as maiores discriminações, ela ainda assim discrimina, o método de defesa é o ataque.

Nas bases do código de Hamurabi construimos uma coisa medonha que adquiriu a capacidade de sempre encontrar a sua homeostase, esse ciclo que se alto regula para que não deixa de existir, que tem como sua essência o medo. Quantas coisas já criamos e cultivamos pelo medo?

Refletir, nos questionar, não nos levará necessariamente a verdade, nem a respostas, mas irá fazer com que passamos a aceitar como somos e como os outros são e passaremos então a estabelecer um ciclo harmonioso. Isso não está perto de acontecer, com toda a massificação que existe em nossas sociedades, mas passemos a destruir aos poucos o que há de medo em nós e criemos então a confiança e esperança nos nossos semelhantes.

sábado, 5 de setembro de 2009

Ensaio Sobre Você

empatia

Eu vou falar sobre você, eu vou falar para você e você pode se indagar: “quem é você para falar de mim?”. Eu sou você, porém diferente, eu senti como você, eu vi como você, apenas talvez só não tenha entendido como você. Desse modo o que eu vou discursar não pretende ser justo nem verdadeiro, é apenas um fragmento do todo.

Você sente todas as dores e angustias do mundo como se isso só te acometesse, porém pensa, quando otimista, que existem outros em pior situação. Que otimismo o seu, é necessário que existam outros em pior situação para que você se sinta bem com o que tem. E sobre ter, você tem, nunca parecesse ser o suficiente, mas tem e o que tem não é bom, nunca é bom.

Essa ansiedade básica que está presente no fluxo vital do seu meio é o que te move, a inquietude se tornou para ti algo natural, o descanso e o prazer natural são males de ociosos e perversos. Críticas, criticas intensamente tudo o que não te convém, sempre está em guerra com o diferente, sendo muitas vezes o remédio para a existência da difrença a indiferença, quando essa não funciona, pois chega a tal ponto que você realmente tem que conviver com o diferente, lembras então da sua raiz animal e se torna agressivo.

Acreditas no amor como quem acredita que irá continuar a viver a dois minutos da morte. Sempre o busca intensamente, mas nunca na verdade, busca o amor dentro dos seus sentimentos egoistas e o amor não existe no egoismo. Sentes sempre a falta, a falta que te consome, ela sempre existe desde que você aprende que você é igual a eles, eles que te fizeram tal como é.

Queres também ser feliz, isso é o que mais queres. Não te disseram que não se é e apenas se está? Não viva então o amanhã hoje, sem na verdade nunca viver nem amanhã, nem hoje.

Não vejo só o mal em ti, porem é dele que gosto de alertar-te para que não esqueças que ele existe e que o naturalize como se fosse seu. O mal não é seu, ele foi construido em você.

domingo, 23 de agosto de 2009

Quebrando O Espelho de Narciso

broken-mirror

Sobre priorizar a estética, é uma necessidade criada pela mídia ou seria parte de uma seleção natural? Desde que o homem existe a excitação visual sempre foi o fator sensorial mais forte, a visão nos permite ter uma noção ambiental mais aprimorada o que serviria para uma adaptibilidade e chances de sobrevivência muito maiores. Mas em relação as pessoas, como chegamos a configuração de forma perfeita de um ser humano?

Dizem que a concepção de beleza física faz parte de um contrato social, mas as características que priorizamos nos indivíduos são indicadores de saúde na maioria das vezes. A saúde é associada a beleza física que por sua vez se associa ao prazer sexual por um simples fato: a reprodução.

Nós como qualquer outra espécie animal temos como uma das finalidades a procriação e por extinto escolhemos os parceiros que possam gerar conosco o melhor bêbe, para isso os genes desse parceiro devem ser bons e para quem lembra das aulas de genética o fenótipo nos dá uma boa idéia do cariótipo.

E os homossexuais? Os homossexuais não se reproduzem, isso é fato, mas tem o mesmo extinto sexual dos heteros e como a beleza associada ao prazer está ligada a libido eles também possuem essa configuração de desejar o melhor cariótipo possível.

A escolha pelo belo é extintiva, cada um pode melhorar a sua aparência física conforme as suas possibilidades. Ninguém é essencialmente feio. Dizem que o que importa é a beleza interior, que não devemos ligar para as aparências físicas, que isso é futilidade… Eu vejo esses argumentos como hipocrisias de pessoas frustradas. Beleza não é tudo, mas é muito importante quando falamos de escolha de parceiros.

Narciso foi morto por representar aquilo que todos realmente queriam, mas que por não se verem na capacidade de conseguir condenavam e escondiam.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Só Mais 5 Minutos

5_minutos

Nunca estamos totalmente felizes com o que temos, sempre achamos que poderia estar melhor. Essa busca da felicidade completa é tida com uma idealização do que seria a nossa vida perfeita, sempre estamos atrás dessa vida perfeita, mas o que fazemos para tê-la?

Seria tão bom se fosse desse jeito ou do outro é o que todos pensam, mas o que fazem para que realmente seja desse jeito? Pensamentos acomodados nos invadem e sempre achamos justificativas racionais para não tomar ações que melhorariam a nossa vida a longo prazo, vemos a vida do outro, vemos a mídia, vemos ser injetados em nós uma inifinidade de necessidades diariamente e aceitamos todas elas como verdadeiras. Realmente eu preciso ter aquilo e preciso ser assim, é isso que se dá nas nossas cabeças quando vemos na televisão principalmente, personagens que parecem ter uma vida ótima. Esse é um condicionamento de comportamento do behaiviorismo que se dá pelo modelo, ao termos um “modelo” e vemos o que acontece com ele, dependendo do resultado nós vamos querer ou não ser iguais a ele.

Isso se dá assim: o mocinho é bonito e bonzinho e se dá bem no final, logo o povo associa comportamentos bons e beleza física a uma vida bem sucedida, já o vilão é aquele que tem outros meios de tentar conseguir o que quer, meios não aprovados pela sociedade, como ele se dá mal no final as pessoas associam esse comportamento ao fracasso. É através da televisão principalmente que o povão tem a sua noção de certo e errado.

Bom, então as pessoas tem um senso do que é certo e sempre estão atrás disso, mas sem nunca realmente pararem pra pensar se realmente aquilo as trará felicidade ou se realmente fazem algo para obter aquilo. É como estar imerso em um sonho, onde vemos imagens lindas e quando temos que acordar falamos: só mais 5 minutinhos, até que a soma deles se tornem anos.

sábado, 15 de agosto de 2009

Oh My God, O Que Você Pensa É Sofrimento Seu

poiseh

Existe uma pessoa, assim como várias, mas é dessa pessoa que eu vou falar aqui. Era um grande amigo, eu me importava muito com ele, achava muito meigo o jeito dele. Nós nos conhecemos através de um amigo em comum, amigo esse que eu não tenho mais contato devido a divergências ideológicas, eu não suportava as falácias religiosas dele. Enfim, essa pessoa, esse meu amigo que vou falar aqui, tinha também uma mente fundamentalista devido a sua criação, a família influi muito no indivíduo.

Mas mesmo ele tendo toda uma base fundamentalista, eu ainda assim admirava-o muito, pela bondade e certa inocência que ele demonstrava perante as pessoas. Só que então, após o meu rompimento com o amigo que nos havia apresentado, ele passou a sofrer com isso, deve ter se sentido numa posição em que deveria “escolher”, ele gostava muito do outro, pois as suas falácias religiosas o iludiam bastante.

Eis que então, eu vendo o distanciamento dele de mim, explodo e decido falar o que realmente penso sobre toda a baboseira de concepção de vida correta que ele carrega consigo, ai é o ponto final. Após isso tudo rumou em lenta velocidade a uma destruição completa do que um dia deveria ter sido amizade.

Mas agora penso, se fosse amizade, amizade é ambivalente os dois lados se gostam, os dois lados se preocupam, se ele rompeu comigo por eu não ter suportado as idéias que o afastavam de mim, isso demonstra que ele nem quis se dar ao trabalho de discutir o que também sentia em relação aquilo, não se importou em se afastar por copleto, talvez o que ele estivesse esperando fosse só uma desculpa.

Ganhei hoje parabéns pela minha falsidade, ora, já posso tirar a minha máscara então e debaixo dela você verá alguém que ainda te admira em parte, mas que com a decepção já deixou de se importar. Me disseram que você não está feliz por ter terminado um relacionamento que nunca foi realmente bom, você não quis mais conversar, mas ainda assim tentei saber como você estava. Não sei a falsidade que você viu em mim, ou a falsidade que viram em mim por você, mas isso e tudo o mais que você venha a sentir agora é um sofrimento seu, não me sentirei mal, pois tenho a consciência tranqüila.

Espero que você possa evoluir cada vez mais e que você realmente consiga encontrar aquele alguém que você procura, pois eu sei o quanto isso é importante pra você e quanto a mim, viverei bem, mesmo tendo perdido o esboço do que teria sido um grande e eterno amigo.

sábado, 8 de agosto de 2009

Se Quiere, Se Mata

se quiere, se mata

A cultuação da violência já foi discutida aqui por mim, porém outra questão que me fez refletir recentemente é a facilidade que se tem de descartar tudo o que nós, por algum motivo, não queremos. Esse descarte não exclui pessoas e essa também não se trata apenas de uma violência física.

Aqueles que não nos desperta interesse são ignorados ou até mesmo evitados por nós, aqueles que são contrários as nossas idéias nos despertam raiva e pode originar uma das reações anteriores ou um ataque verbal ou físico. Se vê muito pessoas que morrem assassinadas por alguém que era de uma ideologia diferente, seja ligada a religião, orientação sexual, cor, hierarquia social, enfim esse descarte de seres humanos já nos foi naturalizado.

No momento em que se depara com uma atitude não prevista, não pensada ou contrária as que a própria pessoa tem como sendo a certa, essa característica se hiperboliza perante o todo que aquele ser representa. É desencorajada pela cultura em que estamos imersos a possibilidade de escutar e tentar compreender os motivos que levaram o outro a tomar diferente posicionamento perante aquele fator.

A agressividade se torna algo natural no confronto de ideologias, tendo sido usado pelo sistema o orgulho das pessoas para encorajar tal atitude, pois se eu considero uma idéia que é diferente da minha, eu logo estaria me colocando como o errado e esta é uma sociedade em que não se pode errar, pois só existe um melhor e assim sendo é um dever aniquilar qualquer rastro que prove a nossa condição humana de imperefeição e constante construção.

 

Se Quiere, Se Mata – Shakira

Braulio tem os olhos grandes e cabelos escuros
Nunca come em excesso e jamais dorme sem roupa
Sempre se veste de cinza, pois não tem remédio
Tem tendência a buscar sempre o ponto intermediário

Dana é uma menina de bem (isso dizem os seus pais)
Nunca chega a sua casa mais de dez nem muito tarde,
Bráulio e Dana se querem como qualquer casal
Porem um dia foram presa da natureza
E de seus próprios instintos,
Não escaparam com sorte.
Com fogo por dentro
E os hormônios presentes,
Pela lei da atração
Juntaram-se os corpos.

Porem se na hora do chá
Nada acontece,
Apenas acontecerá longe de casa
Por haver trazido um habitante mais
A ingressar a essa podre cidade
Onde o que não se quer se mata.

Esse dia chegou um pouco mais das dez
Porem o susto se deu umas semanas depois
Quando se confirmaram suas terríveis suspeitas
Uma criança nasceria e já sabia a data

E antes do que o vizinho e a família souberam
Foi ao doutor para acabar com o problema
Hoje o vizinho esta em casa tomando uma boa chuveirada
E você dois metros abaixo da terra vendo crescer vermes

Porem se na hora do chá
Nada acontece,
Apenas acontecerá longe de casa
Por haver trazido um habitante mais
A ingressar a essa podre cidade
Onde o que não se quer se mata.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

The Ramdbrandts – I’ll Be There For You

mao-amiga

Algo mais ou menos assim que me remete a Casemiro:

 

Então ninguém te falou que a vida era dessa forma
Seu trabalho é uma piada, você está sem dinheiro, sua vida amorosa é um desastre
É como se você estivesse sempre preso em segunda marcha
Quando não foi seu dia, sua semana, seu mês, ou até mesmo seu ano, mas

Eu estarei lá por você
(Quando começar chover)
Eu estarei lá por você
(Como estive lá antes)
Eu estarei lá por você
(Porque você também esteve lá por mim)

Você ainda na cama às 10 e o trabalho começou as 8
Você queimou seu café da manhã, as coisas indo bem
Sua mãe lhe avisou que haveria dias assim
Porém ela não lhe disse que o mundo estaria ao seus pés

Eu estarei lá por você
(Quando começar chover)
Eu estarei lá por você
(Como estive lá antes)
Eu estarei lá por você
(Porque você também esteve lá por mim)

Ninguém nunca poderia me conhecer, ninguém nunca poderia me ver
Já que você é o único que sabe como é ser como eu
Alguém para encarar o dia junto, para atravessar a bagunça junto
Alguém com quem vou sempre rir,
Mesmo no meu pior, Sou melhor com você
Yeah!

É como se você estivesse sempre preso em segunda marcha
Quando não foi seu dia, sua semana, seu mês, ou até mesmo seu ano, mas

Eu estarei lá por você
(Quando começar chover)
Eu estarei lá por você
(Como estive lá antes)
Eu estarei lá por você
(Porque você também esteve lá por mim)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Una Víctima Casi Perfecta

mountain-fire

Aos poucos nós começamos a entender, a paixão é algo difícil de se lidar quando não temos certeza se ela é correspondida, pois para tirar essa dúvida temos que deixar nosso orgulho de lado, é como se mostrar o que sentimos de verdade fosse um sinal de fraqueza, é como se amar fosse um sinal de fraqueza, pois demonstra que necessitamos de outra pessoa, mas espera aí, nós necessitamos de outra pessoa?

A questão não é precisar do outro, ninguém é a chave da felicidade de ninguém, é só uma questão de escolha, escolhemos aquele que se encaixa melhor no nosso quadro de projeções. Agora vou me concentrar em mim (na maioria das vezes eu falo dos outros, tenho muita dificuldade de me concentrar no que eu realmente sinto, pelo menos foi o que disseram…). Eu sempre tive problemas de socialização, era uma crianaça muito tímida, mas aos poucos eu fui crescendo e a necessidade de interação social me fez achar mecanismos para concertar isso. Eu não tive uma infância muito legal também, acabo tendo muitos problemas comigo mesmo. Essas dificuldade hiperbolizadas em complexo de inferioridade e sociofobia me fizeram desenvolver uma intelectualidade bem particular.

Nunca me achei bonito o suficiente, sempre pensava: por que alguém me escolheria se pode ter o outro? As minhas idéias nunca foram legais comigo mesmo, eu sempre me inferiorizava, por não me sentir bom o suficiente, isso é fruto de uma exigência muito grande consigo mesmo, quase como uma necessidade de ser perfeito para ser aceito. Logo, sempre que eu buscava alguém era algo do tipo “eu não gosto de como eu sou, vou achar alguém que goste”, quando alguém gostava daí eu parava de sentir interesse, pois pensava que se a pessoa gostava de mim como eu era mesmo, eu não precisava mudar nada, eu não precisava melhorar e é claro que eu não concordava com isso. Era como se fosse só um teste, pra ver em que aspectos eu era bom, sou bom para aquele, não sou pra esse. Para os que eu não era bom eu demonstrava mais interesse, claro, pois isso mostrava que eu devia melhorar algo e eu queria saber o que.

Sim, até eu lendo isso me acho completamente pirado, mas eu tenho a possibilidade de melhorar (melhorando sempre hehehe) nesse aspecto, passar a aceitar eu mesmo e entender que não existem pessoas perfeitas e que eu não posso e não vou agrdar a todos. Não faço idéia de como isso possa ser útil para você leitor(a), mas senti vontade de escrever… Até então eu estava me vitimizando, mas esse papel não combina comigo, especialmente quando temos consciência de todo o contexto.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Shakira - No

Shakira

Não, não tente se desculpar
Não volte a insistir
As desculpas já existiam antes de você

Não, não me olhe como antes
Não fale no plural
A retórica é sua arma mais letal

Vou te pedir que não volte mais
Sinto que você ainda me causa dor aqui
Por dentro
E que na sua idade já saiba bem o que é
Partir o coração de alguém assim

Não se pode viver com tanto veneno
A esperança que me dá o seu amor
Ninguém mais deu
Te juro, não minto
Não se pode viver com tanto veneno
Não se pode dedicar a alma
A acumular tentativas
Pesa mais a raiva que o cimento

Espero que não espere que eu te espere
Depois dos meus 26
A paciência já me caiu ao chão

E vou despetalando margaridas
E olhando sem olhar
Para ver se assim você se irrita e se vai

Vou te pedir que não volte mais
Sinto que você ainda me causa dor aqui
Por dentro
E que na sua idade já saiba bem o que é
Partir o coração de alguém assim

Não se pode viver com tanto veneno
A esperança que me deu seu amor
Ninguém mais deu
Te juro, não minto
Não se pode morrer com tanto veneno
Não se pode dedicar a alma
A acumular tentativas
Pesa mais a raiva que o cimento

Não se pode viver com tanto veneno

Não se pode viver com tanto veneno

sábado, 1 de agosto de 2009

Deixemos Thanatos Governar

hypnos-thanatos

A cultura da agressividade e da competitividade humana está bastante em voga na sociedade ocidental (não apenas nesta, mas aqui elá é vista em mais evidência), aqui encontramos o ser humano que em um descontentamento consigo mesmo passa a destruir as coisas e as pessoas que estão a sua volta, encontram seus momentos de felicidade na tristeza do outro. Não é uma ação para ser melhor que as pessoas que o cercam, mas sim para que essas pessoas não sejam melhor que ele.

É importante salientar que mesmo tendo essa pulsão invejosa em pequena quantidade são poucos que escapam dessa descrição. Isso se deve a contratos sociais criados por nós mesmos, apesar de sempre enxergarmos como se o inferno fosse os outros, nós é que somos responsáveis por estar aonde estamos, foram vários “nós” que moldaram essa cultura de destruição. A mídia tem grande importância na disseminação dessa cultura, a suscetibilidade do povo se dá pela necessidade de aceitação social e individual, tendo como modelo o que é exposto pelo marketing do consumismo capitalista.

Há pessoas que acreditem que essa natureza agressiva é devida ao fato de uma inata maldade humana, mas certamente isso não possui validade lógica, uma vez que nem todos agem da mesma forma e costruímos o nosso caráter com base na nossa história e nas nossas interações sociais. Além do que se colocarmos como algo inato, não haveria o que se fazer, o que também é errado, pois podemos fazer muito.

A primeira coisa seria ter consciência de que somos responsávei por tudo o que nos acontece, devemos parar de culpar “os outros”. Colocando-nos como senhores do nosso próprio destino melhorariamos as nossas próprias vidas e esse modelo é o que deveria então passar a ser seguido por todos. Cada um se concentrando em sua própria vida e buscando concertar os seus próprios defeitos não haverá mais a necessidade de intervir na vida alheia, pois não se necessitarão de projeções para desviar daquilo que já deveriamos ter começado a encarar a muito tempo.

Será isso ou então deixemos o Deus da Morte imperar sobre essa Terra até que tudo se mate por si só.

domingo, 26 de julho de 2009

Vitimize-se e Não Tenha Pena

thatspain

Todo ser que habita esse planeta um dia na sua vida já sofreu. O sofrimento é algo que faz parte de viver e constantemente julgamos que uns sofrem mais do que outros, geralmente isso está ligado a questões financeiras. Um fato é: não dá pra se saber a intensidade da dor de cada um, o que parece algo insuportável para mim pode ser algo tranqüilo para o outro.

As intensidades diferentes de sofrimento são resultado dos objetivos, desejos e esperanças de cada pessoa, pois a partir do momento que se vê que o seu sofrimento pode te levar de encontro ou pode ser até mesmo necessário para que você obtenha o que deseja, esse sofrimento é então atenuado e posteriormente pode ser visto com orgulho, como uma superação.

Mas há também aqueles que não possuem esperança, sofrem por ser uma condição imposta sem perspectiva de melhora. Alfred Adler caracterizou esse sentimento de vazio sem capacidade de superação como complexo de inferioridade, é uma condição que o indivíduo desenvolve quando é incapaz de compensar os sentimentos normais de inferioridade.

Se sabemos que todos sofrem e em intensidades diferentes que não podemos julgar só por olhar, então sabemos que não devemos priorizar o sofrimento de ninguém, devemos nos concentrar nos nossos próprios sofrimentos e tentarmos achar um modo de superá-los. Se concentrar demais nos problemas alheios pode ser apenas um escape para recalcar os seus próprios, se queremos realmente ajudar as pessoas devemos estar bem para isso.

O único modo de um sofrimento do outro poder se tornar o nosso também é quando aquela pessoa é realmente especial e importante para nós. Quando vemos o nosso objeto de afetividade sofrendo devemos estar fortes para ajudá-lo.

Falando de sofrimento e tudo e tal, relato aqui um caso (que talvez fique confuso para você leitor), mas ontem eu realmente senti o que é sofrimento, a sensação de troca é espinhosa. Mas não existe nada mais diabolicamente sedutor que a indiferença (hehehe)… é, a vida não é justa.

Brincadeiras à parte, dêem o melhor de si!

sábado, 18 de julho de 2009

Cuide-se

Cuide-se

Teve uma época em que acreditei que as separações não fossem definitivas, até que a primeira delas ocorreu: meu pai, meu querido pai, tão ativo, tão forte, de um dia para o outro faleceu e eu nem tive tempo de entender o que aquilo realmente significava, na época eu tinha 11 anos. As pessoas que fazem parte da nossa vida, talvez não mais o farão no capítulo seguinte, mas isso não significa que as suas marcas não continuam em nós.

Houve uma outra pessoa, além do meu pai, que foi essencial para mim. Grande parte do meu blog foi escrito para ele, sei que ele me amou da maneira dele, assim como eu amei ele o mais intensamente que pude, mas houve um tempo para isso, não consegui mais amá-lo como antes e isso não me fazia digno de continuar com ele.

Sempre odiei um “adeus”, essa idéia de ruptura eterna causa grande angustia dentro de mim, mas vou crescendo, me conhecendo e aprendendo a lidar com esses dissabores.

Se eu tivesse voz para falar o que quero, seria algo como: espero que você saiba o quão maravilhoso foi na minha vida, jamais irei esquecer você, anseio pela sua alegria a cada dia que passa e me odeio por não ter te dado a alegria que um dia você me deu.

Sem mais, deixo um fragmento da história de alguém:

"Há algum tempo, venho querendo responder seu último e-mail. Na verdade, preferia dizer o que tenho a dizer de viva voz. No entanto, vou fazê-lo por escrito.

Você já pôde notar que não estou bem ultimamente. É como se não me reconhecesse em minha própria existência. Sinto uma espécie de angústia terrível, contra a qual não consigo fazer grande coisa, exceto seguir adiante para tentar superá-la. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a 'quarta'. Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as 'outras', não achando logicamente um meio de vê-las sem transformar você em uma delas.

Pensei que isso bastasse. Pensei que amar você e que o seu amor — o mais benéfico que jamais tive — seriam suficientes. Pensei que assim aquietaria a angústia que me faz sempre querer buscar novos horizontes e me impede de ser tranqüilo ou simplesmente feliz e 'generoso'. Pensei que a escrita seria um remédio, que meu desassossego se dissolveria nela para encontrar você. Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições nem sequer de lhe explicar o estado em que mergulhei. Então, nesta semana, comecei a procurar as 'outras'. Sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando. Nunca menti para você e não é agora que vou começar.

Houve uma outra regra que você impôs no início de nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,…) e compreensível (obviamente…). Com isso, jamais poderia me tornar seu amigo. Você pode, então, avaliar a importância de minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante de sua vontade, ainda que deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre os seres e a doçura com que você me trata sejam coisas das quais sentirei uma saudade infinita. Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você do modo que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá.

Mas hoje seria a pior das farsas manter uma situação que, você sabe tão bem quanto eu, se tornou irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.

Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.

Cuide-se."

E uma idéia:

"Todas as pessoas, sejam quem for...
carregam consigo um desejo.
E quando esse desejo é realizado, as
pessoas podem chamar isso de felicidade."

 

Sei que não é justo eu pedir isso para você, mas pelo amor que você sentiu por mim: cuide de você.

domingo, 12 de julho de 2009

Pato Fu – Canção Pra Você Viver Mais

faz_um_tempo

Nunca pensei um dia chegar
E te ouvir dizer:
Não é por mal
Mas vou te fazer chorar
Hoje vou te fazer chorar

Não tenho muito tempo
Tenho medo de ser um só
Tenho medo de ser só um
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais
Faz um tempo que eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais

Deixei que tudo desaparecesse
E perto do fim
Não pude mais encontrar
O amor ainda estava lá
O amor ainda estava lá

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais (repete mais 3x)

Uuuuh... uuuhhh... uuuuhh
Uuuuh... uuuhhh... uuuuhh

Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais
Faz um tempo eu quis
Faz um tempo eu quis
Você viver mais (6x)

Uuuuh... uuuhhh... uuuuhh

sábado, 11 de julho de 2009

Você É Mais Que Isso

Nunca discuti diretamente aqui no Blog sobre a homossexualidade, mas esse post tratará sobre isso. Acho que devo discutir um pouco da temática devido ao fato de que muitos gays ou lésbicas colocam essa como sendo a sua condição e característica principal, esquecendo que possuem muitas outras peculiaridades que tornam isso apenas um detalhe, esquecendo também que não são gays ou lésbicas, são muito mais do que isso.

Todas as pessoas desse mundo possuem qualidades, defeitos e características que ao longo dos anos se consolidam para formar o eu de cada um, isso significa que temos dentro de nós coisas boas para oferecer e coisas ruins que podem ser melhoradas e que as características inatas acabam sendo apenas partes do todo que nos constitui e usando a ideologia da Psicologia da Gestalt, o todo é muito maior que a soma das partes.

O grande erro que se comete para colocar tamanha importância sobre a orientação homossexual se deve ao preconceito subjacente que foi ao longo de milhares de anos se difundindo pela sociedade, sempre tendo por trás fundamentalismos religiosos. Este preconceito faz o indivíduo que se vê enquanto sendo de uma orientação sexual desviante, se tornar suprimido pela sociedade, sendo essa (a sociedade) vítima de uma das construções que fazem parte dos medos criados para controlar os cidadãos. O erro em si seria o indivíduo de suposta orientação sexual desviante se permitir sofrer essa supreção, devendo este se dar conta de que sua orientação sexual é natural por ser inata e que toda a expressão de ódio nada mais é que sofrimentos que essas próprias pessoas, geradoras de ódio, possuem, sendo esse sofrimento o delas e somente delas, não devendo ser tomado como um sofrimento seu.

Torna-se um comportamento típico, principalmente dos homossexuais ditos “enrustidos”, adquirir atitudes que seriam de heterossexuais para se refugiar da hostilidade que esses imaginariam sofrer se agissem de outra forma, aqui eu coloco a forma como eu convivi com isso, nunca fiquei falsamente me reafirmando de heterossexual, não cantava meninas nem tomava atitudes que não eram condizentes com a minha personalidade, eu também nunca fui “afetado”, que seriam os gays afeminados, simplesmente era eu, andava com as pessoas que eu achava interessantes e não dava importância pro fato de eu ser gay e é ai que está o ponto crucial da discussão, pois a partir do momento que eu não dei importância para isso ninguém mais deu, claro que vez ou outra me perguntavam o por quê de eu nunca estar com uma garota e para aqueles que realmente se importavam eu dizia a verdade sobre a minha sexualidade, para os que não realmente queriam saber eu simplesmente reafirmava as próprias afirmações deles.

Claro que não se aplica a minha experiência de vida para todos os casos, tenho consciência de que o que é bom para mim nem sempre será bom para o outro e também de que existem gays que são “afetados”, característica essa também inata, e que não conseguem passar desapercebidos perante aos olhares julgatórios. Análisa-se aí então até que ponto esse julgamento não parte de você mesmo, que acaba se diminuindo ao valorizar a opinião dos outros a sua própria, restringindo-se a uma prisão elaborada por você mesmo.

sábado, 4 de julho de 2009

O Bizarro Sem Voz

Angst

E quem são as pessoas que tentam te fazer mal? Conforme interagimos  com as pessoas diariamente sofremos com pequenas facadas que esses seres do nosso ciclo de interação nos dão. É claro que nem todos fazem isso conscientemente, são pequenos atos que vão nos magoando e nós vamos muitas vezes relevando, porque não queremos magoar o outro ou porque pensamos que o outro também está com problemas ou simplesmente por não querermos discutir, não teriamos energia para isso. (Claro que há pessoas que falam tudo que as incomoda na hora mesmo, mas aqui estou me usando como referência).

Eu particularmente sempre fui um mestre na fuga, a fuga no Behaviorismo constitui o mecanismo de defesa que usamos para sair de situações que nos causam algum sofrimento. A minha rota de fuga a princípio eram os livros, depois fui utilizando os animes e os jogos para “fugir” da realidade que me incomoda. Logo todas as pequenas ações que eu relevava durante o dia foram se acumulando, chegando em um dado momento que eu me encontrava com tamanha angustia e nem ao menos podia perceber a fonte da mesma, eu já havia naturalizado o meu sofrimento.

E aqui temos um crime sem criminosos, não há a quem culpar. Você não pode culpar as pessoas que te causaram esses sofrimentos, porque você nunca disse a elas isso, permitindo que elas continuassem. Você também não pode se culpar, pois foi o meio que você encontrou para se proteger, um meio errado que acaba te aprisionando em jaulas de dor, mas por não ter aprendido a lidar de outra forma com essas situações, você não possuía escolha.

Só que o óbvio é que isso não é saudável, esse sofrimento acumulado tem que se expressar de alguma forma e ai você pode adquirir uma personalidade auto-destrutiva e até mesmo apresentar sintomas de alguma doença orgânica, seria isso a sua mente liberando aquela energia aprisionada para realmente mostrar, e podemos usar aqui o termo “chamar a atenção”, de que há algo errado.

E o que fazer? Não permita, simplesmente não permita que os outros passem por cima da sua vontade e não permita anular-se perante aos outros. Isso não é uma receita mágica que é possível se aplicar do dia para noite, a constituição da sua personalidade levou anos para ser consolidade e também pode levar anos para ser mudada, mas aos poucos podemos ir repensando atitudes nossas e melhorando dia a dia, para que quando sua mente acordar você constate que toda aquela angústia foi apenas um pesadelo.

domingo, 28 de junho de 2009

Quem Você Está Interpretando Agora?

Máscara

Todos criam seus modelos a serem seguidos e se moldam a esse personagem. A identificação de permitido e proibido é feita pelo nosso super-ego, que é constituido ainda na nossa infância, no processo de internalização de conceitos, conceitos esses que têm como base aquelas pessoas que nos rodeiam, geralmete o pai e a mãe.

Você toma como verdade pensamentos que não são natos seus, mas que de alguma forma foram impostos a você, passa então a amar e odiar as coisas, conforme suas verdades internas. Isso dá um poder imenso, essas verdades te colocam na capacidade de poder julgar os outros, aqui colocamos da onde sairam as verdades que seus criadores também aderiram, as verdades criadas pela “sociedade”, não por toda ela, mas por uma pequena parcela dela, que no final é imposta e tida como verdade pela sociedade de um modo geral.

Então se monta um ciclo social em que todos devem ser iguais ao modelo, o diferente é excluido e julgado, se sentem bem aqueles que possuem ou fingem possuir os conceitos aceitos pela sociedade. O que no final é um grande circo de marionetes.

A todo momento você cria personagens para ser aceito no meio em que você se encontra, se comporta de forma diferente da sua natureza, pensando no que os outros diriam se vissem quem você realmente é. Sendo que esses outros de que você teme o julgamento também temem o seu e repetem os medonhos passos desse baile de máscaras.

Seu modelo a ser seguido é um padre, uma atriz, um jogador e esses seguem outros modelos. Uma vez tendo adquirido um papel na sociedade, você se agarra a ele com todas as forças, se transforma no personagem, pois assim você está seguro das críticas, já que ninguém poderia criticar um médico por exemplo (vê-se aqui a representação social de médico, não um médico em si) tendo esse todo um conceito social criado e fundamentado.

Temos uma sociedade então de títulos e não de pessoas, mas no final do baile, uma hora ou outra você tem que tirar a máscara, nem que seja para se olhar no espelho é nessa hora que mais dói, pois depois de tantos anos sustentando uma máscara, seu rosto já se encontra desfigurado sem ela. Quando for escolher o próximo papel a ser interpretado, escolha o mais difícil, você mesmo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Britney Spears - Quicksand

sand

Eu ainda vejo seu casaco sobre a porta
Nunca tinha deixado ninguém colocar um ali antes
Meu travesseiro tem sua cabeça pintada nele
Baby, de todos os caras você foi o meu favorito


Não me pergunte porque
Eu simplesmente não consigo dizer adeus
Não, não hoje
Não, eu simplesmente não consigo dizer isso


[Chorus:]
Porque eu vou continuar
Sim, eu vou continuar
Baby, preciso continuar com o que tínhamos
Porque eu não quero mudar
Então eu preciso continuar
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça


Quando você apareceu eu não conhecia o amor
Mas agora sei que às vezes não é o suficiente
Eu ouço seus passos no corredor
Mas é apenas meu coração, batendo como antes


Queria poder tentar
Eu simplesmente não consigo dizer adeus
Não, não hoje
Não, eu simplesmente não consigo dizer isso


[Chorus:]
Porque eu vou continuar
Sim, eu vou continuar
Baby, preciso continuar com o que tínhamos
Porque eu não quero mudar
Então eu preciso continuar
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça


Porque o chão está se quebrando
Eu estou sentindo ele tremer
Queria que fosse assim fácil
Mas não é tão fácil
Tenho que manter minhas mãos pra cima
Tenho que manter minha cabeça pra cima
Tenho que continuar respirando
Baby, mesmo que estejamos afundando
Mesmo que estejamos afundando
Baby, mesmo que estejamos afundando
Mesmo que estejamos afundando


Porque eu apenas-apenas tenho-tenho que..


[Chorus:]
Porque eu vou continuar
Sim, eu vou continuar
Baby, preciso continuar com o que tínhamos
Porque eu não quero mudar
Então eu preciso continuar
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça
Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça
Como areia movediça, como areia movediça


Só temos uma vida pra viver
Nem ao menos precisamos de um pedaço de areia
Sé você e eu
Nós precisamos continuar e continuar e..


Só temos uma vida pra viver
Nem ao menos precisamos de um pedaço de areia
Sé você e eu
Nós precisamos continuar e continuar..


E continuar..
E continuar..
E continuar..
E continuar..


Baby porque você e eu estamos afundando como areia movediça

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E Quando Encontra?

lovesand

Nossos planos de vida, via de regra, envolvem sucesso profissional, conforto e um amor. Esse último parece a maior incógnita na vida de todos, sei que posso estar ficando meio repetitivo em todos esse anos que falo tanto de amar e ser amado e sobre as regras desse jogo, porém nossa visão sobre as coisas amadurece ao longo dos anos e isso, somado ao fato de eu estar com quem eu realmente amo agora, me faz poder trazer agora a perspectiva boa e sem criticas sobre essa necessidade sentimental.

Estar com alguém não é algo simples, é algo que exige paciência e tolerância das duas partes. É uma experiência incrível dividir a sua vida com uma outra pessoa. Seja da forma que for, quando você está junto de alguém você está construindo a sua história com essa pessoa e isso traz uma troca de experiências e crescimentos, onde você acaba aprendendo mais sobre você mesmo.

Não importa quem esteja com você agora, não importa se será para sempre ou só por uma semana, quando estiver com essa pessoa, esteja totalmente como a frase “que seja eterno enquanto dure”, assim você terá boas lembranças no seu banco de memórias e elas te trarão apoio e felicidade para seguir adiante.

Eu agora posso afirmar que estou com aquele que será para sempre o amor da minha vida. Depois de tudo, tenho como afirmar que a minha vida e a do Flávio estarão para sempre ligadas como a força de uma promessa infantil na união de dedos mindinhos.

Quero casar com você ^^.

 

Kissus o/

domingo, 21 de junho de 2009

Lily Allen – Fuck You

O Sabor da Alegria de Olhos Tristes

A_Pequena

É muito difícil compreender os mecanismos de cada pessoa, a história de vida de cada um molda seus pensamentos e suas ações no presente. Como poderia alguém culpar-se pelo simples fato de ter nascido? Por que existem pessoas que se auto-punem diariamente por lembranças já suprimidas de fatos que elas nem ao menos tiveram a chance da escolha? Por mais difícil que seja de enxergar e aceitar, todos nós equanto seres-humanos temos ao menos um pouco dessas lembraças traumáticas que nos fazem sentir culpados, porém há pessoas que montam suas vidas em torno disso, que acabam sendo meigas e cativantes para com os outros e horrendas e perversas para consigo mesma.

A pior característica desses seres mazoquistas é sem dúvida serem meigos e cativantes, pois com isso adquirem o amor de outras pessoas e fazem essas sofrerem a cada ato auto-destrutivo seu. Isso não é algo consciente, tentam agradar e serem aprovados pelos outros por se sentirem na obrigação de fazer todos se sentirem bem, já que lhe é imposta a culpa de algo que nunca cometeu, carrega então esse fardo como base de suas vidas sem se dar conta disso. E o mais importante é que não percebem, causam dor as pessoas que vivem ao seu redor, dor ou pena o que para mim seria sentimento pior. Recebem então esse sentimento baixo de compaixão sendo alegremente infelizes, achando que a vida que possuem é boa, pois é adequada ao que merecem ter, por mais que me doa pensar assim são seres realmente merecedores de pena.

Deveriam perceber como a vida é boa e como cada um é especial em cada aspecto, não existe ninguém igual a você, cada característica sua é essencial nesse mundo, se você for feliz você será muito mais útil e muito mais produtivo para o mundo, não é se tendo uma pseudo-vida produtiva segundo os padrões capitalistas é que se vai fazer alguma diferença e mesmo que você não se importe em fazer a diferença todos estão na espectativa de ver você em seu máximo potencial, há pessoas que querem ter orgulho de você, há pessoas que querem amar você, a primeira dessas pessoas deveria ser você.

Cruel Alice

Saboreando a falsa alegria

Pude eu notar

Que aqueles que ao meu lado riam

Sozinhos se punham a chorar

Alice me trazia a nostalgia

De alguém que eu não podia amar

Em seus olhos já não se via

A felicidade que fui eu roubar

Sangrava com cortes profundos

Tão profundos que não se enxergava

Um anjo com espada e escudo

Uma espada que mais rápido me matava

Apenas quero ir para o fundo

Ficar distante e seguro, do anjo que me amava.”

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Broken Strings – James Morrison & Nelly Furtado

corda

Me deixe te abraçar pela última vez
É a última chance de sentir de novo
Mas você me quebrou
Agora eu não posso sentir nada


Quando eu te amo
É tão falso
Eu nem posso me convencer
Quando estou falando
É a voz de outra pessoa


Oh isso me faz chorar
Tentei segurar, mas dói demais
Eu tentei perdoar, mas não é suficiente
Para tornar tudo ok


Você não pode tocar com cordas rompidas
Você pode não sentir nada
Que seu coração não quer sentir
Eu não posso te dizer uma coisa que não é real


Oh a verdade dói
E mentiras pioram
Não posso desejar-lhe mais
E eu te amo um pouco menos do que antes


Oh o que estamos fazendo
Nós estamos transformando em pó
Jogando em casa as ruínas de nós


Correndo de volta ao fogo
Quando não há mais nada a dizer
É como perseguir o último trem
Quando é tarde demais


Oh isso me faz chorar
Tentei segurar, mas dói demais
Eu tentei perdoar, mas não é suficiente
Para tornar tudo ok


Você não pode brincar com nossos laços rompidos
Você pode não sentir nada
Que seu coração não quer sentir
Eu não posso te dizer uma coisa que não é real


Oh a verdade dói
E mentiras pioram
Não posso desejar-lhe mais
E eu te amo um pouco menos do que antes


Mas estamos correndo de volta ao fogo
Quando não há mais nada a dizer
É como perseguir o último trem
Quando nós dois sabemos que é tarde demais


Você não pode brincar com nossos laços rompidos
Você pode não sentir nada
Que seu coração não quer sentir
Eu não posso te dizer uma coisa que não é real


Oh a verdade dói
E mentiras pioram
Não posso desejar-lhe mais
E eu te amo um pouco menos do que antes
Ah, e eu te amo um pouco menos do que antes


Deixe-me abraçá-la pela última vez
É a última chance para sentir novamente