sábado, 31 de julho de 2010

Don’t Look At Me

look

As vezes eu me sinto tão segragado do mundo, alguém mais se sente assim? Eu acho que sim. Tem certas coisas que todo mundo gosta e eu não e acho até idiota gostarem, como balada por exemplo. Não entendo o objetivo de um monte de gente ir pra um lugar escuro com musicas muito altas, com luzes que não te permitem enxergar e pouco espaço pra se mover, onde todo mundo fica treinando ataques epiléticos e tentando trocar saliva com outra pessoa que nunca viram (ou já) na vida. Mas eu vou pra baladas, até porque eu me convenso de que vai ser algo muito legal sempre, que eu vou conhecer pessoas interessantes e vou me divertir (mas isso nunca acontece, ou só muito às vezes) e depois eu me arrependo de ter ido, quando eu chego já procuro algum lugar pra sentar, nao gosto de ficar na pista.

E tem a questão importante, os olhares. As pessoas te olham, às vezes fixamente, e isso é muito incômodo pra mim, não gosto que olhem pra mim. E eu não olho pras pessoas, vejo pessoas pelas quais eu me interesso e dou uma olhada discreta, mas não consigo fixar meu olhar em ninguém, acho muito invasivo isso, então eu não consigo lidar com paquera em boate, simplesmente não consigo. Ontem eu fui e vi um carinha muito bonito com olho verde e rosto de modelo (vamos definí-lo assim) que me interessou, eu olhei pra ele, ele olhou pra mim, dai ele veio até mim, me olhando fixamente (isso é muito incômodo) e parou na minha frente e o que eu fiz? Eu saí! Eu simplesmente fui embora, porque eu tava muito envergonhado, eu não tenho iniciativa e fico tímido em um lugar que eu tenho q gritar no ouvido da pessoa pra ela me ouvir.

Mas daí entra outro ponto. É que eu não bebo nada alcóolico, então eu fico muito consciente dos meus atos, e as pessoas que estão lá bebem um monte, meu amigo bebeu 5 Smirnoff e disse que aquilo era pouco, eu achei muito, mas ele disse que era pouco. As pessoas realmente bebem muito em boate, acho que não só em boate, as pessoas bebem em qualquer lugar que elas não sejam taxadas de alcóolatras por beberem (algumas não se importam com isso), mas eu não vejo graça em bebida alcóolica, Nescau é bem mais legal pra mim, é gostoso. Alcóol queima a garganta e te dá ressaca, eu não entendo. Se vocês bebem, me respondam o por quê de vocês beberem, eu quero entender.

Então é isso. E se você for uma pessoa que freqüenta baladas e me ver um dia na balada, não fique parado olhando pra mim, ou mesmo se movimentando e olhando pra mim, simplesmente chegue perto e diga um “oi”. Eu sou bem legal, se eu não gostar de você eu não vou ser grosso, nem esnobe.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Robyn – Who’s That Girl

whosthatgirl

Garotas boas são bonitas todo o tempo

Eu só sou bonita de vez em quando

Garotas boas são felizes e satisfeitas

Eu não vou parar de perguntar até eu morrer

Eu não consigo lidar com as regras

Não consigo suportar a pressão

Quem é essa garota que você sonha?

Quem é essa garota que você acha que ama?

Quem é essa garota, eu não sou nada a ver com ela

Eu sei que não existe igual

Eu juro que eu não consigo suportar a pressão

Quem é essa garota?

Garotas boas não dizem não ou perguntam por que

Eu não vou deixar você me amar até você realmente tentar

Garotas boas são sexy, tipo.. todo dia

Eu só sou sexy, quando eu digo que tá tudo bem

Eu não consigo lidar com as regras

Não consigo suportar a pressão

Quem é essa garota que você sonha?

Quem é essa garota que você acha que ama?

Quem é essa garota, eu não sou nada a ver com ela

Eu sei que não existe igual

Eu juro que eu não consigo suportar a pressão

Quem é essa garota?

Vamos jogar um jogo que você nunca tentou

Você será a garota e eu serei o garoto

Vamos fingir que tudo mudou

Então, mesmo assim você me amaria?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu Tenho A Pose Exata Pra Me Fotografar

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Post com uma singela homenagem pra minha amiga blogueira Dani, da qual eu já tinha me esquecido pelo seu Blog ter se tornado privado. Não postei comentário no Blog dela, mas decidi fazer algo aqui mesmo. E pra nós que parece que estamos sempre descontentes, ou até contentes dentro de um infortúnio que é esse frenesi entre as pessoas. Não vamos aprofundar sobre o que eu já falei demais, mas remetendo ao título, nós temos o nosso charme, os que sofrem por amor, mantém aquela pose distante de um sonhador que nunca perde as esperanças e sabe até usar um certo ar cruel de quem sabe o que quer.

Mas vamos aos fatos, é ótimo sofrer de amor, é ótimo ser um sonhador, é ótimo você ser fiel a você mesmo. E não importa em qual sentido, você pode ser o menos romântico do mundo, mas você tem que ser fiel ao que você sente, ao que você é.  Só se pode se ter mais momentos felizes se você consegue ser franco consigo mesmo e dizer: “eu sou assim e pronto” e estar bem com isso. Então não adianta chorar e espernear, ninguém vai mudar ninguém, as pessoas são o que são, se você não gosta de certa atitude de alguém você tem todo o direito de não estar perto daquela pessoa e ponto, mas cada um vive a sua vida da melhor maneira possível.

E o mais divertido são realmente as tentativas, ver que não deu certo, aprender com isso e (mesmo falando que nunca mais e bla bla bla) tentar de novo. É um ciclo e eu posso te dizer que a coisa mais diferente que pode acontecer nas suas tentativas é a de um dia dar certo, enquanto isso aproveite os momentos, aproveite a si mesmo, você se terá para toda a vida, então seja feliz com você mesmo. Remetendo aos clichês que circulam pela internet (odeio clichês), quando um dia seus netos ou sei lá, pessoas mais novas que você na sua velhice, perguntarem quem é aquele/a jovem na foto, você vai dizer q foi apessoa com quem você mais teve dificuldade de aprender a conviver, mas que mais amou, você mesmo.

P.S.: Não se assustem, acho que é a primeira foto minha que eu posto aqui.

sábado, 24 de julho de 2010

Vida de Merda

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Esse post é pra todos que são certinhos e só se fodem, porra! Parece que existe um certo tipo de conspiração intergalática universal que diz que todo mundo que andar na linha (estamos falando de relacionamentos aqui) vai se dar mal. As pessoas não querem uma pessoa romântica, que não traia, com atrativos, com inteligencia e tal, quem haje assim é tido como um idiota, um zé mané que vai mesmo é se fuder. As pessoas querem um filho da puta que fala que você não vale merda nenhuma, te traia e te troque por qualquer outro programa com amigos, esses são fodelões e todos babam por eles, porque são uns caras muito fodões mesmo que todo mundo tem que correr atrás, se humilhar por um pouco do carinho que eles tem a oferecer. Mas que porra de sociedade masoquista é essa?

Vamos recorrer a uma explicação biológica, é inteiramente herança evolucionista isso (se é que é), a coisa da conquista, de conseguir o objeto mais cobiçado. O cara que fica com mil por aí, é muito fodão e todo mundo quer ele, é tido como um super bem resolvido que faz o que quer da vida e é super independente. Mas esses caras são uns merdas, eles não são bem resolvidos e fodões, eles são muito inseguros, não acham que conseguiriam manter um relacionamento monogâmico com alguém e saem por aí se roçando com outras pessoas só para satisfazer os desejos do pipi duro deles.

Eles vão acabar velhos e sozinhos (e sem um bom emprego, por causa de falta de capacidades cognitivas superiores). Mas são eles que todo mundo quer. Os românticos, ah esses são os inseguros que querem se prender a alguém para garantir a vida. Será que não é possivel que uma pessoa apenas queira construir uma vida ao lado de UMA pessoa? E isso não representa insegurança, é ao contrário, é segurança do que se quer, objetivos, planos e metas traçadas.

Mas a lei de Murphy impera para os certinhos, eles podem ser abordados por uma pessoa muuuito gostosa que peça: “Por favor, me come” e não fazerem nada em respeito aos seus sentimentos por outra pessoa. Mas aí que depois ele vai descobrir que essa pessoa ao qual ele estava respeitando, tava era enganando ele. O que tem essas pessoas? Que porra de falta de coragem é essa que impede que fale pro outro: “olha não tô afim disso, quero ir pegar outras pessoas” ou “de boa, não tô afim de você”. Que gente escrota!

E os românticos são muito troxas bonzinhos, eles não colocam fogo no puteiro e falam: “dane-se” saindo e pegando todo mundo também pra se vingar. Eles gostam de seguir seus princípios e explicar pra pessoa o que tá acontecendo, do tipo: “você fez isso, isso e isso e é por causa disso que eu espero que a sua alma queime enternamente no inferno =)”.

Mas por favor pessoal, se vocês querem ser fodelões que saem comendo geral, sejam! Mas não enganem os outros, isso é feio =/. Digam sempre a verdade, vocês não vão tá só sendo legais com as outras pessoas e sim com vocês mesmos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Eterre Namárië

palavras-fonte

Pequenos encontros, pequenas conversas e tudo muda, é como alguém me disse uma vez, quando uma pessoa entra em um grupo (pode ser um grupo de 1.000.000 de pessoas) tudo muda. As palavras são importantes, como uma vez eu já comentei aqui, porque os seres humanos são feitos de palavras, isso alguém me disse também. Dentro delas criamos a saudade, o medo, o amor, a paixão, a lágrima, que não existiriam de tal forma se não fossem as palavras. E milhares de palavras perambulam pela rua, cada entidade de um conjunto enorme ou pequeno delas cria os sonhos, cada qual vai fisicamente atrás deles.

Os sonhos nada mais são que palavras, construidas belamente dentro de uma seleção que foi lentamente escolhida e modificada, sempre assim. O sonho nunca é o que é, é o que poderia ser. Eles são culpados pela lágrima, a lágrima da tristeza, a da felicidade quando acontece já não está mais ligada a um sonho e sim ao que agora é realidade, mas a da tristeza é ligada eternamente a um sonho que não foi e talvez não se vá ser.

É por isso que se chora, pelo que poderia ser, mas não foi.

domingo, 18 de julho de 2010

Ganarrah, Gamuvah, Tienani

fall

Tudo deve ter o seu limiar, o ponto crítico que quando alcançado explode de alguma maneira. Isso pode ser pequeno como ouvir tantas vezes reclamações do chefe, da mãe, do namorado ou grande como sentir estar entrando em uma já conhecida armadilha do destino, mesmos fatos traumatizantes se repetindo lentamente. Acho que a lentidão, a tortura de se ver algo ruim aproximar-se é o que faz liberar o limiar do Thanatos, a pulsão de morte, essa pulsão pode ser tanto voltada para a própria pessoa como para as outras, o cansaso é tanto quando atingido esse estágio que por ver que irá sofrer a pessoa prefere ela mesma se fazer sofrer, ser a autora do seu próprio martírio, como se isso trouxesse algum alívio.

Sensações flutuantes passam por mim agora, não reconheço e não alcanço nenhuma, apenas admiro elas se esvaindo de mim. É como “se toda a felicidade do mundo tivesse ido embora” e nada mais importasse, tudo fosse indiferente, o meu trabalho, a minha faculdade, eu mesmo. Tudo tão sem significância que se faz parecer um disparate existir e ainda assim não se consegue desgarrar dessa infame existência.

E o mais, a certeza é, que mesmo parecendo esse ser o estado original da vida, sem obnubilações, amanhã já voltarei a mim, sendo movido ainda pelas mesmas pulsões fúteis e vazias. Essa certeza é acolhedora, talvez isso me faça compreender o significado da frase “a ignorância é uma benção”, não queremos estar cientes de tudo, queremos ser enganados com todas as nossas ideações, Wonderland sempre nos espera.

terça-feira, 13 de julho de 2010

I Don’t Need No Beat, I Can Sing It With Piano

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Eu devo ter vários posts falando sobre a mesma coisa aqui no blog, acho que isso mostra as repetições que se passam na minha vida, como se só mudasse o contexto, mas o assunto central é sempre o mesmo. Nós sempre caímos na mesma armadilha, porque estamos condicionados a isso, queremos cair na mesma armadilha, ela foi construída por nós mesmos e representa o nosso almejado paraíso e nosso merecido purgatório. Certas escolhas que fazemos na vida são apenas repetições de erros que já cometemos, é mais uma tentiva antes da desistência, não me recordo se exatamente Skinner que faz essa colocação, e agora sinceramente estou com preguiça de procurar, mas um organismo quando entra em processo de extinção de reforço, ou seja, ao emitir um comportamento já não recebe mais a recompensa que recebia antes, este passa, antes de parar de emitir o comportamente, a tentar fazê-lo com mais freqüência e de modos variados para cer se a recompensa volta a aparecer. É assim que eu me senti, como o ratinho do laboratório que aprende que tem que apertar a barra para ganhar água e quando passa a nãomais recebê-la, tenta mais vezes, às vezes com uma pata só, às vezes com as duas, com mais força, com menos força, até que finalmente desiste de apertar por perceber que não ganhará mais nada fazendo aquilo.

Acho que essas minhas tentativas frustradas mostram a minha resistência a frustrações, eu faço uma tentativa sem querer admitir pra mim mesmo, num primeiro momento, que eu quero algo real com aquilo, é um jogo meu contra mim mesmo, onde eu tento me convencer de que está tudo bem e de que as coisas são assim mesmo. Porém no final do jogo, o fato é que eu sempre perco e perco pra mim mesmo, admito derrota e prometo nunca mais fazer a mesma coisa… acho que não sou um homem de palavra, pelo menos não para mim mesmo. Meu egocentrismo, meu narcisismo, meu grande ego que irrita batsante e chateia certas pessoas, são apenas parte dos artifícios criados durante esses jogos de frustrações, eu poderia ter algumas coisas de maneira mais fácil, porque eu tenho consciência de que sou um garoto atraente e bastante inteligente, mas tenho certos ideias que sao muito importantes para mim e eu tento montar meus sonhos em cima deles, até agora eu não achei a maneira certa de montar…

Tem pessoas que gritam, quando eu digo “gritar” me refiro a um chamar a atenção com base no impacto, precisam mostrar seus problemas aos berros pro mundo, proferindo injúrias aos ventos para que todos saibam o quanto sofrem e o quanto precisam de atenção. Eu já penso que não preciso gritar, posso fazer isso me calando, porque não seria natural para mim montar um circo para discutir um problema meu, se o problema é meu eu tenho que resolver comigo mesmo e se envolvem outras pessoas elas acabaram sabendo, ou na pior das hipóteses apenas não saberão. Teve alguém que me disse que existia um homem que queria mudar o mundo, acho que foi o meu irmão, e esse homem passou sua juventude tentando mudar o mundo e acabou apenas se frustrando, então na idade adulta esse homem queria mudar o Brasil, seu país, tentou durante alguns anos e também acabou se frustrando, na sua velhice queria apenas mudar as pessoas ao seu redor, o que também acabou em fracasso e no seu leito de morte percebeu que desde o começo ele deveria ter tentado mudar a si mesmo, assim, quem sabe, ele teria conseguido mudar as pessoas ao seu redor, com um pouco de sorte o Brasil e quem sabe os seus feitos não tivessem mudado o mundo. Talvez seja isso, mas acho que mudar a nós mesmos é algo extremamente difícil.