domingo, 25 de outubro de 2009

Sempre Aqui

 infinito

Há ciclos, tudo se repete dentro deles e eles estão ligados a nós. Nós criamos esses ciclos, é o que alguns chamam de hábito, eles nos levam a fazer as mesmas escolhas e a ter os mesmos resultados. É isso que realmente queremos? Pois é o que criamos.

Sempre decidimos realizar garndes transformações em nossas vidas que sentimos que nunca ocorrerão, dar um passo a frente pode ser cansativo demais não superando a motivação do objetivo em si.

Não se trata só de fazer e sim de pensar, sempre pensamos da mesma forma e é por isso que nunca saimos do mesmo lugar. Mudar a forma de pensar é muito difícil e quase impossível para quem não se dá conta de que sempre faz as mesmas escolhas.

Encarar as coisas de uma outra forma pode ser muito saudável, fazer escolhas diferentes perante situações rotineiras também. Tudo muda a todo o instante na Terra para que tenhamos a chance de tomar outro caminho, só nos falta virar e começar a andar para outros lados que até então o nosso caminho retilineo não nos permitia enxergar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Diamond Dust

diamond

Nossas vidas são como pequenos cristais de diamante, são reluzentes conforme a intensidade dos nossos desejos e emoções, são duras e firmes conforme o nosso egocentrismo e o antropocentrismo nos faz acreditar e são delicadas ao passo que pequenas coisas mudam tudo que um dia já foi.

Apesar das formas variadas, todas em sua essência são muito iguais por se ter sempre um mesmo objetivo subjacente chamado felicidade. A felicidade é o alvo dessa rajada de diamantes, se passa através dela muitas vezes, mas nunca se está nela sempre.

So Damn Protected

protected

Vamos colocar agora a culpa naqueles que são os responsáveis por sermos da maneira que somos hoje. A maioria dos pais agem da forma que eles acreditam que trará o melhor benefício para os seus filhos, mas sempre com o desejo egoísta de auto-realização. Seja pra que os filhos sejam o que eles não foram, ou pra que tenham o que eles não tiveram ou ainda para que dê algum retorno para eles no futuro.

E nós, seres indefesos, vemos eles como os nosso heróis e paladinos da justiça quando crianças. Os pais sempre sabem de tudo e são as pessoas mais boas do mundo. Esse pensamento que temos durante a infância mais o fato de acharmos que devemos algo a eles “por tudo o que eles nos fizeram” nos faz continuar agindo como eles querem durante boa parte da nossa vida, pois a decepção ou desaprovação deles seria algo terrível.

Aprendemos depois de uma certa idade que os nossos pais erram também, são pessoas como outra qualquer, mas o sentimento de dívida nos faz continuar acorrentados as vontades deles.

Eu sempre fui superprotegido pelos meus pais, isso era bom, mas sempre trazia prejuízos. Fiquei emocionalmente dependente e infantil em certos aspectos, aprendi a querer que tudo saia do meu jeito e não compreendo pontos de vista diferentes do meu, tenho dificuldade de me relacionar com outras pessoas. Por sempre viver no meu mundinho eu não consigo deixar que se aproximem muito, afasto todos os que tentam.

Mas aprendi a ter uma certa auto-suficiência mental benéfica, não me diexo influênciar facilmente por idéias alheias, não sinto carência de nenhuma pessoa em específico, é muito difícil me afetar emocionalmente. Não sou macificado e não tenho as mesmas necessidades impostas pelo nosso sistema, seja nos padrões de beleza, de consumo, de ser, etc. Isso por sempre viver no meu mundinho superprotegido criado pelos meus pais, criaram alguém segregado da realidade.

I’ll Be Anticipating

stop here

As consequências de ser segregado foi um forçado isolamento duarnte a infância, não tive muitos amigos. As crianças desde pequenas são educadas a excluir aquilo que é diferente, são treinadas a seguirem modelos aprovados pela sociedade.

Talvez essa possa ser a fase mais cruel para algumas pessoas que não conseguiam se encaixar ao passo que foi uma fase maravilhosa para aqueles que estavam aptos a ser fazer parte do todo. Questões como falta de coordenação e ser gordinho podem fazer você ser alvo de piadas, piadas que não tem graça nenhuma para quem houve e que as crianças que as fazem também não tem culpa. O sistema ensina a ridicularizar o que foge dos seus padrões para que esses mudem ou sejam extintos.

Eu mudei, em parte, mas não foi algo voluntário, foi mera mudança biológica. Eu sempre fui uma criança gordinha, mas ao passo que fui crescendo fui mudando e as pessoas passaram a me tratar diferente. Mas aí já era tarde demais, tamanho o trauma de não conseguir se encaixar eu mesmo já antecipava qualquer possibilidade de desaprovação e me isolava espontaneamente.

Hoje além de já não deixar as pessoas se aproximarem muito, também extingo qualquer possibilidade de mínima aproximação daqueles que me parecem iguais aos que eram responsáveis por me fazer sentir diferente.

Oh My Love

love_game

Com as mudanças físicas vieram também pessoas interessadas em algo além de amizade, mas é claro que eu não tinha base emocional para aquilo. O amor na nossa sociedade está basicamente ligado a imagem, podemos então pensar no amor como uma ilusão de ótica. Existem os modelos perfeitos de pessoa que você precisa “ter” para ser feliz, os modelos incluem uma pequena e quase sem importância descrição de personalidade, o que mais importa ao modelo é a aparência.

Eu não escolhia as pessoas com quem eu iria namorar pela aparência, eu sabia distinguir o impulso sexual das minhas reais necessidades emocionais, mas é aqui que eu caio em uma armadilha, relacionamentos não devem servir para suprir algo de uma pessoa, é sempre mais que isso. Mas como eu não possuia minha parte emocional bem desenvolvida eu acabava entrando em relacionamento apenas para usar as pessoas, não sei se isso me justifica, mas eu fazia com a maior inocência que uma pessoa que não entendia bem os contratos sociais poderia fazer.

Bom, eu sabia separar impulso sexual de necessidade emocional, mas mesmo assim eu nunca namorei pessoas feias, isso é algo que não podemos escapar e se houver alguém que diz valorizar somente o interior, eu consideraria ela alguém extramemente hipócrita e frustrada.

Mas sobre amar, acho que já amei uma vez, apenas uma pessoa. Essa pessoa é de muito longe… Não vou me demorar descrevendo ele, já que boa parte desse blog já foi dedicado a ele, o fato é que eu ainda não sou maduro emocionalmente e não pude ser responsivo ao amor que recebi, pagarei o preço por isso.

So Deep In The Darkness

Darkness

E onde estamos agora? Em meio a um turbilhão de dúvidas que nos fazem seguir e nos forçam a experimentar coisas, aprimoramos nosso conhecimento empírico dia após dia. Um segredo de ser segregado: você sempre está sozinho no escuro.

Por mais que você tente se encaixar e aceitar os outros, você sente uma barreira que não permite que você apenas entre na dança e seja aquele “mais um na multidão”. Ser mais um ou ser o único, a grande diferença é que as preocupações e sofrimentos dos primeiros são tão fúteis quanto suas vidas possam ser.

É necessário pro ser humano a empatia, poder se identificar e se colocar no lugar do outro faz com que sintamos que estamos nuam mesma sintonia e que podemos seguir juntos, estar junto é sempre melhor do que estar sozinho, sempre foi assim.

Para mim é difícil sentir essa identificação, meu egocentrismo parte disso, não consigo fazer parte do mundo simples de todos. Meu mundo é muito engenhoso e segue labirintos de idéias que se contradizem o tempo todo.

É na escuridão então que dormimos e é quando dormimos que sonhamos. Os sonhos são a libertação da alma, e os meus sonhos são os mais doces e lindos possíveis, mas sinto que não passam de ilusões, muito frágeis por sinal.

Starlight Extinction

starlight

E qual seria o objetivo disso tudo afinal? Por mais que as nossas vidas mudem, os objetivos sempre parecem os mesmos, sempre parecemos querer a mesma coisa, mesmo que não seja a mesma. Tudo que foi dito aqui é apenas um recorte de várias subjetividades que existem dentro de mim. Eu sinceramente não seria a melhor pessoa pra traduzir a essência humana.

Mesmo com o objetivo de atingir a felicidade, a nossa rajada de diamantes um dia perde o brilho e se dissolve no espaço, é deixado para trás tudo o que nunca foi realmente importante, mas que diziamos não poder viver sem.

"As flores brotam, e depois murcham.
As estrelas brilham, mas um dia se apagam.
Esta Terra, o Sol, as galáxias, e até mesmo
o grande Universo, algum dia se destruirão.
Comparado a isso, a vida de um
homem não é mais do que um instante.
E nesse breve intervalo de tempo, as pessoas
nascem, experimentam o amor e o ódio,...
riem e choram, lutam e sofrem
se alegram e se entristecem.
Tudo em um breve intervalo de tempo.
E depois, são abraçados por
esse sono eterno chamado morte."

Chikyuugi

Uma canção é mais
agradável do que lágrimas
Leve aquele calor,
ao invés da tristeza

O mundo
Acho que não será
mudado tão facilmente

Silenciosamente
derreteu a escuridão

Ande e continue andando,
que irá se tornar realidade

Mesmo que seja lento,
posso chegar mais próximo
De um pedaço do meu sonho
com a pessoa a quem amo

A forma do amor que eu sonhei,
Que procurei por tanto tempo,
encontrei em você
Talvez há algo que possa fazer

Mas talvez eu não amei você
Mas mesmo assim,
quero estar com você

Leve aquele calor,
ao invés da tristeza

Giros e giros...
A Terra muda
Na hora do fim do mundo
Para mandar amor e felicidade
e meus sonhos...

domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre Eu Pertencer a 11ª Casa

aquarius

Eu não posso afirmar que pesquisas astrológicas estejam corretas ou não, mas particularmente sempre me interessei sobre o assunto. A questão de signos leva muitas pessoas a um dualismo idelogico entre religião e ciência contra o misticismo (como se religião não pertencesse ao plano místico). Eu nasci no dia 26 de janeiro e portanto sou do signo de áquario, estava navegando pela net e achei horócopo gay e fui ler a descrição do meu. Realmente eu me identifiquei muito com o que está escrito, será mera conicidência?

Segue a minha descrição aqui e o link do site, podem se basear nisso para me entender:

“Talvez de todos signos do zodíaco, esse é o que tem menos problemas para se assumir , um dos fatores é sua facilidade para se desprender de dogmas, de regras feitas, questionam tudo na sua vida, e não suportam seguir um padrão habitual. Sua opinião é sempre do contra, não gostam de ser comuns, e necessitam da liberdade assim como ar que respiram. Inteligentes, se dão bem em áreas profissionais incomuns, como astrologia, ecologia, direitos humanos, e também em áreas inovadoras como computação, novas tecnologias. Seu pensamento é o dia de amanhã, esquecem o passado com facilidade e nem gostam de falar sobre ele. Gostam das mudanças, e não suportam a rotina. Também são bastante seguros para terminar um relacionamento quando observam que a situação se complica. São individualistas, e não se envolvem emocionalmente, para eles o amor inicia com uma boa amizade. Querem chocar, fazer as pessoas pensarem , e sair do fator ilusão. São loucos com os pés no chão.Sempre estão envolvidos em algum projeto idealista, lutando pelas causas de uma comunidade, direitos comuns. São intelectuais, buscam o conhecimento. um revolucionário, rebelde, excêntricos, admiráveis, atraem um grande número de adeptos para realizar seus sonhos mirabolantes. Para muitos são visto como malucos, mas na verdade sua mente está muito além da maioria das pessoas, por isso se sente um extraterrestre no mundo. Gosta do moderno, futurista. Vestem-se de maneira bastante original, não se ligam em moda, nem combinações, são muito autênticos, e quando você encontrar um empresário de terno e sandálias de borracha, pode ter certeza que está diante de um aquariano”

http://blogs.abril.com.br/astrologia/2008/11/astrologia-para-gays.html

domingo, 4 de outubro de 2009

Für Elise

elise

Estamos em meio a um grande baile de máscaras, o objetivo é descobrir quem realmente são as pessoas que se escondem por baixo das máscaras. Olhares vazios são trocados constantemente, quando há um desses que nos interessa, nos aproximamos e pedimos que dancem conosco a próxima música, até que a música acaba e os pares são trocados.

Existem vários salões na casa em que ocorre esse baile, mas todos querem estar apenas em um e é justamente aquele em que poucos podem dançar, porém o que dá ritmo a música é a esperança da mobilidade ascendente. O que separa esses salões são paredes de vidro, onde os que estão nos dito salões baixos possam admirar e almejar os que estão no salão alto.

Há pessoas que não estão mais no baile, mas constantemente são lembradas entre uma dança e outra, às vezes a lembrança dessas pessoas é tão importante que modifica toda a ordem dos salões. Quem realmente conheceu essas pessoas e pôde entendê-las não está em nenhum dos salões, essas pessoas riem enquanto conversam e observam de um camorote tudo o que ocorre.

Todas essas estruturas são muito importantes, cada salão, cada pessoa, cada música são fundamentais para que a festa continue. Porém nada ali poderia ser mais importante que Elisa, ela raramente dança, se econtra a maior parte do tempo sentada em um poltrona que pode ser vista de todos os salões, mas que não está em nenhum deles.

Elisa passa desapercebida por muitos que estão na festa, mas nenhuma das pessoas que estão no camarote deixa de olhá-la. Ela tem um olhar generoso, que exprime toda a sua compaixão, e um sorriso extremamente triste. É muito bonita com seus cabelos cacheados presos no alto da cabeça e com um vestido enorme e bufante que parece ter vida própria.

Há vezes em que Elisa passeia pelos salões, ela é a única que possui permissão para ir e vir livremente. Mesmo quando está no salão, poucos a notam. Desde que eu a vi e lhe retribui seu triste sorriso, percebi que tudo e todos naquele baile apenas dançam para Elisa, sem ao menos saber disso.