segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Breathless, Metais Mágicos e Nostalgia de Emoções Nunca Sentidas

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Somos o resultado de tudo aquilo que sentimos durante as nossas vidas, como uma caixinha de emoções. Certas vezes nos deparamos com emoções que conseguem fazer nos sentirmos como se a caixinha estivesse vazia o tempo todo, elas ocupam todo o espaço e são transparentes, esvaziam o ar de seus pulmões com o mesmo direito que alfinetam seus corações.

O lítio é o mais leve dos elementos sólidos, talvez esse seja um indício de suas propriedades mágicas. É um elemento por vezes usado de forma poética, talvez pela sua capacidade sedutora de permitir viver enquanto já se está morto. Na psiquiatria ele tem apresentado bons resultados na prevenção de suícidios de pessoas que sofrem de depressão. Em uma passagem de um artigo do psiquiatra Mauro Maldonato, ao se referir a depressão ele diz: “Numa vida morta, lembranças se tornam remorsos e ações cumpridas, culpas”.

É certo também que certas coisas conseguem resgatar de nós sensações e emoções que nos parecem muito familiares, mas que não nos lembramos de alguma vez ter apreciado elas. São encontros com desconhecidos que nós conhecemos mais que a nós mesmos, algo que traz certezas infundadas e nos joga em um espaço confortável de imobilidade perante algo que não sabemos descrever.

E as cruéis Alices continuam a deformar os anjos e as sereias, assim como fazem com nossos sonhos, ao compasso do tic-tac do Grande Relógio que rege o labirinto temporal, labirinto tal que uma vez se estando dentro dele, as portas nunca mais se abrirão e nunca mais se sairá. Porém as belas distrações nos anestesiam de tal preocupação e os papéis de celofane coloridos da nossa infância vão sendo rasgados e não seremos os mesmo, aquele que sonhavamos ser, pois adquirimos a sabedoria esdrúxula de homens sofridos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, quanto tempo heim. Mas que sofrimento o final rs, fiquei com medo. Sempre perdemos muitas das coisas que achamos que nos fortalece, como momentos da infancia... depois crescemos e vimos que nada era daquela forma... quer lítio rs... leveza..abçç!

Rodrigo Ortega Vieira disse...

Sim, ando com preguiça de escrever e quando escrevo tem saído essas coisas confusas hehehe. Enfim, vou tentando...