domingo, 28 de junho de 2009

Quem Você Está Interpretando Agora?

Máscara

Todos criam seus modelos a serem seguidos e se moldam a esse personagem. A identificação de permitido e proibido é feita pelo nosso super-ego, que é constituido ainda na nossa infância, no processo de internalização de conceitos, conceitos esses que têm como base aquelas pessoas que nos rodeiam, geralmete o pai e a mãe.

Você toma como verdade pensamentos que não são natos seus, mas que de alguma forma foram impostos a você, passa então a amar e odiar as coisas, conforme suas verdades internas. Isso dá um poder imenso, essas verdades te colocam na capacidade de poder julgar os outros, aqui colocamos da onde sairam as verdades que seus criadores também aderiram, as verdades criadas pela “sociedade”, não por toda ela, mas por uma pequena parcela dela, que no final é imposta e tida como verdade pela sociedade de um modo geral.

Então se monta um ciclo social em que todos devem ser iguais ao modelo, o diferente é excluido e julgado, se sentem bem aqueles que possuem ou fingem possuir os conceitos aceitos pela sociedade. O que no final é um grande circo de marionetes.

A todo momento você cria personagens para ser aceito no meio em que você se encontra, se comporta de forma diferente da sua natureza, pensando no que os outros diriam se vissem quem você realmente é. Sendo que esses outros de que você teme o julgamento também temem o seu e repetem os medonhos passos desse baile de máscaras.

Seu modelo a ser seguido é um padre, uma atriz, um jogador e esses seguem outros modelos. Uma vez tendo adquirido um papel na sociedade, você se agarra a ele com todas as forças, se transforma no personagem, pois assim você está seguro das críticas, já que ninguém poderia criticar um médico por exemplo (vê-se aqui a representação social de médico, não um médico em si) tendo esse todo um conceito social criado e fundamentado.

Temos uma sociedade então de títulos e não de pessoas, mas no final do baile, uma hora ou outra você tem que tirar a máscara, nem que seja para se olhar no espelho é nessa hora que mais dói, pois depois de tantos anos sustentando uma máscara, seu rosto já se encontra desfigurado sem ela. Quando for escolher o próximo papel a ser interpretado, escolha o mais difícil, você mesmo.

Um comentário:

Alê Quites disse...

"todo carnaval tem seu fim... " Los Hermandos

"uma hora ou outra você tem que tirar a máscara..."

Tenho receio dos modelos, das figuras, das falsas crenças.

BeijOS