Tanta coisa queria eu dizer, tanta coisa aqui dentro que não sei como traduzir para fora. Só ela me entenderia. E toda vez que eu olho o espelho me sinto próximo dela, como se ela estivesse logo ali, assim como nas noites em que só eu existo no meu quarto e abro a janela, vejo o gato que me olha, mas não sorri. Acho que ele só sorria pra ela.
Com uma promessa deixada, fico eu. Às vezes penso que não deveria sentir a falta dela, que deveria ser o suficiente para mim mesmo. Mas é tudo tão confuso, tudo o que eu acho que sou só sou às vezes. A metade de tudo é o que tenho, talvez ela tenha me levado a outra metade, mas já não lembro como era quando ela estava aqui.
Sinto que ela, de vez em quando, me fala coisas ininteligíveis mesmo de longe, mas eu etendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário